Política

Ajudante de ordens de Pedro Taques investigou Riva durante 2 anos

çO tenente coronel da Polícia Militar, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, que atuava no Gaeco (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado), hoje é ajudante de ordens do governador Pedro Taques (PDT). Foi ele o responsável pelos registros fotográficos de supostos saques bancários realizados por Jean Carlos Leite Nassarden, na operação Imperador.

Em depoimento na tarde desta quinta-feira, 23, para a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o tenente-coronel disse nunca ter visto José Riva receber qualquer uma dessas malas que fotografou. Disse ainda que não visualizou nenhum contato entre Júnior Mendonça, o delator da operação Ararath, com José Riva, ou de Mendonça com Edemar. Afirmou que foi impossível identificar qual era a atuação comercial dos investigados, apesar de se apresentarem como donos de empresas do ramo de papelaria. O tenente-coronel afirmou também que nunca viu nenhum deles em posse de dinheiro.

Quando o advogado de defesa George Andrade Alves questionou o motivo que o levou a se desligar do Gaeco, há três meses, para servir como ajudante de ordens do governador Pedro Taques, houve muita tensão. O Ministério Público interrompeu dizendo que este não é o foco da audiência.

A defesa tenta levantar sinais de que a operação teria sido direcionada. É notória a rivalidade entre o governador Pedro Taques e o ex-deputado José Riva. A ida do homem que vigiou Riva por dois anos seguidos para o gabinete do governador foi registrada pela defesa.

Até este momento, segundo os advogados de defesa, os depoimentos não foram capazes de relacionar José Riva a desvio de dinheiro.

Quem depóe agora é sargento da PM Arlindo Santos Macedo, que atua no Gaeco desde 2012 e também participou de algumas diligências da investigação. ele disse nunca ter visto nenhum dos investigados com dinheiro, mas numa ocasião pod ouvir o barulho de uma suposta máquina contandora de cédulas.

Segundo o sargento, nos grampos telefônicos os investigados não tratavam de nada relacionado as empresas que forneciam para Assembleia. Ele disse que nunca ouviu falar de Riva durante a investigação, apenas depois de sua prisão em fevereiro passado. Numa das empresas contratadas pelo Legislativo, funcionava um clube para realização de festas. Já outra empresa era em uma casa de Cohab em Várzea Grande. Ainda segundo o depoente, o nome de José Riva jamais foi citado pelos empresários ao telefone. Todas as supostas entregas de dinheiro aconteciam no edifício Montreal, onde morava Edemar Adams. Depois que ele morreu, em 2010, tudo “esfriou”.

Fonte: Caldeiraopolitico

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