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REMÉDIOS VENCIDOS: Henry diz que imprensa “exagera” ao destacar prejuízo

0444b4c24f4bf6d401a083c74fa9fa3bO deputado federal e ex-secretário de Saúde Pedro Henry (PP) minimizou o prejuízo e os problemas causados à população pela perda de mais de 200 tipos de medicamentos da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis), que resultou em prejuízo de R$ 3,4 milhões, segundo a Auditoria Geral do Estado.

Ele afirmou que a imprensa está “exagerando” na importância dada à questão do vencimento descoberto este ano, sob gestão do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas).

Em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (12), antes da posse da nova direção do PP, ele lembrou que, em sua gestão na Secretaria de Saúde, em 2011, foram incineradas 50 toneladas de medicamentos vencidos.

“Vocês estão dando uma importância danada nessa questão de uns poucos medicamentos vencidos. São pouco mais de R$ 3 milhões. Quando eu era secretário, mandei incinerar 50 toneladas de medicamentos vencidos de vários governos anteriores e não houve esse alarde todo”, disse o deputado.

“Esse volume não tem significação contratual, pois em todo contrato de gestão desse tipo, há um volume de medicamentos que pode ser perdido, geralmente de 2%. Se houve falha técnica, é claro que o responsável tem que ser punido. Mas o erro foi não ter dado vazão aos medicamentos que estavam para vencer, distribuir a entidades filantrópicas ou fazer alguma coisa nesse sentido”, completou.

Na semana passada, o atual secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, instaurou processo administrativo para apurar as irregularidades no contrato entre a pasta e o Ipas para gestão de Ceadis. Além disso, a unidade está sob intervenção do Governo do Estado há quase duas semanas. O interventor Marcelo de Alecio Costa será o responsável pela administração da unidade por 180 dias

Henry, porém, minimizou o problema e afirmo que há ocorrências muito mais graves no Estado. Ele disse que cerca de R$ 1,3 milhão estão deixando de ser investidos, todos os meses, em Sinop, e afirmou que o dinheiro está sendo desviado para outras finalidades.

“Há coisas muito mais graves, como serviços que deixam de ser feitos na Saúde. O Governo do Estado recebe do Ministério da Saúde R$ 2,8 milhões todo mês para a média e alta complexidade no Hospital de Sinop e não abre os leitos nem faz as cirurgias às quais esses recursos se destinam. Desse modo, somente R$ 1,5 milhão está indo para lá. Para onde vai esse recurso? O governo está desviando para obras de outros segmentos? Isso significa descaso com a saúde pública”, afirmou.

Em defesa das OSS

Pedro Henry ainda defendeu o sistema de gestão por meio de  Organização Social de Saúde (OSS), alegando que o atendimento melhorou em muitos municípios e a mudança de gestão trouxe economia para o Estado.

“A obrigação do gestor público é oferecer serviços essenciais, e a OSS é muito mais barata que a gestão direta. Se tem lugar que está ruim, que troque a OSS, mas não acabe com o sistema. Nos hospitais regionais de Cáceres e Sinop as OSS estão funcionando”, afirmou.

“Alguns setores preferem a gestão direta, como os servidores da Saúde, porque preferem o conforto e a estabilidade do emprego público, ao invés de um contrato onde a produtividade é cobrada. A discussão pública está muito politizada e superficial, não estão pensando na sociedade”, alfinetou.

O deputado ressaltou que, apesar de ter implantado o sistema de gestão por OSS e ser um defensor do modelo, a ideia de terceirizar a gestão não foi dele. “O projeto não é meu, é do ex-secretário, o desembargador Marcos Machado. O governador Silval avalizou a ideia e resolveu adotar, e eu só cumpri”, afirmou.

 

 

 

Midia News

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