Égua prenha tem patas decepadas em suposta vingança contra fazendeiro
Animal foi encontrado ainda com vida, mas teve que ser sacrificado.
Dono procurou a polícia para denunciar o crime, em Cáceres (MT).
O dono de uma fazenda em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, procurou a Polícia Civil nesta segunda-feira (19) após encontrar uma de suas éguas, da raça quarto de milha, agonizando com as duas patas dianteiras decepadas. A violência contra o animal, que estava prenhe, teria sido cometida por vingança contra o fazendeiro, segundo a Polícia Civil.
O crime foi descoberto na madrugada de sábado (16) quando o caseiro da fazenda ouviu latidos dos cães e foi averiguar o acontecido. Ele encontrou a égua caída no chão, ainda com vida, mas sem as duas patas.
O caseiro imediatamente chamou o fazendeiro para ir até o local. Um veterinário do Instituto de Defesa Agropecuária do Estada de Mato Grosso (Indea) foi chamado até a fazenda,o qual constatou que a situação da égua era irreversível. Com a autorização do proprietário, o animal foi sacrificado.
Na segunda-feira (19), o fazendeiro registrou um boletim de ocorrência na delegacia e nesta terça-feira (20) o homem voltou à delegacia para dar mais detalhes sobre o ocorrido. Ele cria cavalos de raça na fazenda e registrou fotos do animal para levar até a polícia.
Segundo o delegado Adriano Bernardi Cavalheri, provavelmente, os golpes para retirar as pastas da égua foram desferidos com um facão. A hipótese de acidente já está descartada. O delegado disse ainda que uma das patas atacadas do animal estava com o osso aparente, sem estar totalmente arrancada.
Cavalheri afirmou que a principal suspeita da polícia é de que tenha sido vingança contra o fazendeiro. No entanto, o responsável pelo crime ainda não foi localizado. O delegado explicou que em casos de maus tratos contra animais a pena máxima pode chegar a dois anos de detenção.
De acordo com Kattleen Oliveira, membro da Associação de Ajuda aos Animais de Cáceres (AAAC), a entidade vai fazer de tudo para que o caso não fique impune. “Não podemos deixar que caía no esquecimento. O responsável deve ser punido para servir de exemplo para outros”, afirmou.
G1-MT