Réu confesso do assassinato de ex-secretário vai a júri
O caseiro Anastácio Marafon, réu confesso do homicídio do ex-secretário de Infraestrutura do Estado, Vilceu Antonio Marchetti, será submetido a júri popular na quinta-feira (9).
O júri ocorrerá no fórum da Comarca de Santo Antônio do Leverger (27 km ao Sul de Cuiabá), a partir das 8h30, e será presidido pelo juiz Murilo Moura Mesquita.
O crime ocorreu na noite do dia 8 de julho do 2014. Desde então, o caseiro está preso na Cadeia Pública de Capão Grande, em Várzea Grande.
A previsão é de que sejam ouvidas quatro testemunhas, além do perito criminal João Gonçalves de Amorim Neto, coordenador da perícia que fez o laudo sobre as circunstâncias do crime.
No júri, serão convocadas 25 pessoas maiores de 18 anos, sem antecedentes criminais.
O jurado não pode recusar a convocação, sob pena de multa. O sorteio dos jurados é feito pelo juiz, com participação do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública.
É preciso que, ao mínimo, 15 jurados compareçam para que a sessão seja realizada.
Destes 25 jurados, o juiz sorteia 7 nomes, que integrarão o Conselho de Sentença. A defesa e o Ministério Público podem recusar três jurados cada, sem ter que explicar os motivos.
Ao final da sessão, os jurados e o juiz se reúnem em uma sala secreta para decidir se o réu deve ser culpado ou absolvido.
A decisão sobre a culpa ou inocência é tomada com base nos votos dos jurados, que respondem a perguntas sobre a materialidade do fato e a autoria ou participação do réu.
O crime
Vilceu Marchetti foi morto na noite do dia 7 de julho, na Fazenda Marazul, localizada na região do Pantanal. A fazenda pertencia a Neri Fulgante e era administrada por Marchetti.
Na ocasião do crime, também estavam na fazenda seus dois netos, de 14 e 9 anos de idade.
Anastácio Marafon já trabalhava para Fulgante há seis anos em outra propriedade e assumiria a administração da Fazenda Marazul. O réu havia chegado ao local há pouco mais de 10 dias, com a família.
Ao chegar à sede da fazenda, o ex-secretário teria assediado a esposa do novo administrador, que presenciou a cena e tirou satisfação com a companheira – discussão que teria sido testemunhada pelos netos de Marchetti.
Marafon, então, teria se dirigido armado até o apartamento ocupado por Marchetti na fazenda e entrado no quarto.
Após uma breve discussão – ouvida pelo dono da fazenda –, ele teria disparado os tiros contra o administrador e voltado à sua propriedade, atirando a arma no rio, durante o percurso.
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