PF desarticula em MT quadrilha de tráfico internacional de cocaína
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (8), em Mato Grosso e em outros três Estados, a “Operação Hybris”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas.
De acordo com a PF, o bando era responsável por movimentar cerca de R$ 30 milhões ao mês com a grife “Superman Pancadão”.
Durante a investigação, foram apreendidas cerca de quatro toneladas de cocaína e US$ 2 milhões, além de 32 pessoas presas em flagrante.
Para atestar a qualidade do produto, os criminosos rotulavam a droga com a imagem do personagem “Superman”, seguida da palavra “Pancadão”, que remete ao líder da organização.
A quadrilha atuava no município de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá) e fazia frequentes carregamentos de cocaína da Bolívia para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará e Maranhão e ainda para a Europa.
No total, serão cumpridas 88 ordens judiciais, expedidas pelo juiz da 1ª Vara Federal de Cáceres.
Os mandados de buscas e apreensões estão sendo realizados nos municípios de Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, e nos Estados de São Paulo, Tocantins e Minas Gerais.
Também estão sendo apreendidos bens de alto valor, veículos, fazendas, apartamentos, casas, aeronaves, armas e dinheiro em espécie que são fruto da atividade criminosa e que são utilizados para o próprio tráfico de drogas.
De acordo com a PF, o inquérito policial foi iniciado em 2013, a partir de informações de inteligência coletadas durante a Operação Sentinela, do Ministério da Justiça.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo é fortemente estruturado e hierarquizado, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira.
Também possui ligações políticas, que culminaram na utilização de empresas fantasmas e contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o tráfico.
Para a operação, estão sendo utilizados 220 policiais federais, contando com o apoio do Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal.
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