MT lidera desmatamento na Amazônia Legal em 11 meses, diz ONG
Dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Em junho, Mato Grosso foi o 3º estado que mais desmatou o bioma.
Mato Grosso lidera o ranking de desmatamento acumulado nos onze primeiros meses do calendário atual de desmatamento na Amazônia Legal do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no período de agosto de 2014 a junho de 2015.
Foram desmatados no Estado 943 quilômetros quadrados, equivalente a 34% do total desmatado no período. As informações foram divulgadas por um estudo do Imazon nesta semana.
O levantamento é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter. O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).
O desmatamento acumulado na Amazônia Legal atingiu 2.780 quilômetros quadrados no período de onze meses. Houve aumento de 65% do desmatamento em relação ao período anterior, de agosto de 2013 a junho de 2014, quando atingiu-se 1.690 quilômetros quadrados.
Em termos relativos, houve aumento expressivo de 149% em Mato Grosso, com relação ao período de agosto de 2013 a junho de 2014. O Pará foi o segundo estado que mais desmatou nos onze meses (639 quilômetros quadrados), seguido por Rondônia (582 quilômetros quadrados).
Junho
Em junho de 2015, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 494 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. O desmatamento foi concentrado no Amazonas (28%), Rondônia (27%), Mato Grosso (22%), Pará (21%) e, em menor proporção, em Roraima (1%) e no Acre (1%).
A área total representa uma redução de 41% em relação a junho de 2014, quando o desmatamento somou 843 quilômetros quadrados no bioma. Os municípios mais desmatados em junho foram Labrea-AM, com 66,4 km², e Colniza-MT, com 51,8 km².
As florestas degradadas na Amazônia Legal – que foram intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou atingidas por queimadas – somaram 9 quilômetros quadrados em junho de 2015, uma redução de 81% em relação a junho de 2014, quando a degradação florestal somou 48 quilômetros quadrados. Desse total, a maioria ocorreu em Mato Grosso (65%), seguido por Rondônia (35%).
G1-MT