Mais quatro órgãos federais entram em greve em Mato Grosso
Mais quatro órgãos federais de Mato Grosso aderiram à greve deflagrada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), no dia 3 de agosto.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Ministério da Fazenda e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) deram início à paralisação por tempo indeterminado ao longo da última semana.
Ao todo, seis órgãos federais estão em greve no Estado. Na data em que foi deflagrado o movimento, somente a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o Ministério da Saúde tinham aderido ao movimento.
O reajuste salarial é a principal reivindicação dos trabalhadores, que não acataram a proposta feita pelo Governo Federal.
Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT), Carlos Alberto de Almeida, novas entidades federais do Estado deverão participar do movimento grevista.
“A paralisação continua. Estamos em um momento de construção da greve, conversando com todos os órgãos federais”, afirmou.
A decisão pela paralisação por tempo indeterminado foi tomada após assembleia geral, realizada na manhã do dia 27 de julho.
O presidente da entidade afirmou que o objetivo é que todas as 31 unidades federais que compõem o Estado participem da greve.
“Faremos reuniões com todas as entidades que compõem o Sindsep. Pretendemos que todas entrem em greve”, disse.
Manifestação
O presidente do Sindsep-MT relatou que a classe deverá realizar manifestações contra o Governo Federal.
“Estamos promovendo ações por causa da paralisação. Nesta semana iremos discutir quais manifestações deveremos fazer”, disse.
A deflagração da greve seguiu deliberação da Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais.
“Decidimos por iniciar a greve a partir do dia 3 de agosto porque o Governo não fez proposta de reajuste salarial no modo em que solicitamos”, disse.
Conforme o sindicalista, o Governo Federal propôs reajuste de 21,3%, escalonados em quatro anos.
A proposta, porém, foi rejeitada pela classe, que afirma que o valor não corresponderia nem às perdas salariais ocorridas nos últimos anos. O reajuste solicitado pela categoria é de 27%.
“Pelo fato de o Governo não ter atendido as nossas solicitações, a nossa única arma é a greve”, afirmou Almeida.
Ele contou que a principal finalidade da ação é atingir o reajuste desejado pelos trabalhadores.
“Nosso principal objetivo é sensibilizar o Governo, para que o posicionamento deles mude”, declarou.
Almeida afirmou que somente os serviços essenciais de cada entidade deverão funcionar plenamente, durante o período de paralisação.
“As instituições federais que paralisarem não deverão afetar a população, pois elas cuidam mais de setores administrativos do Estado”, pontuou.
Cada entidade tem o poder de decidir se optará pela paralisação por tempo indeterminado.
Dentre as reivindicações, além do reajuste de 27%, o Sindsep também solicita mudança de regra na contagem de pontos, considerando a média dos últimos cinco anos das gratificações de desempenho para fins de aposentadoria, benefícios, entre outros itens.
Entidades paralisadas
As entidades federais que ainda poderão aderir ao movimento grevista são órgãos militares, Ministério da Educação, Ministério do Trabalho, Funai, MME, Vigilância Santária, DNIT, AGU, Ibama, Ministério das Comunicações, Incra, Ministério dos transportes, Ministério da Marinha, DPRF, Controladoria Geral da União e Serviço Federal de Processamento de Dados.
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