Atleta mato-grossense fica entre as 15 melhores do mundo em competição na França
A atleta mato-grossense, Florence Lima Verde, 39 anos, ficou entre as 15 melhores no Mundial de Atletismo da categoria Master, que aconteceu em Lyon, na França. Florence terminou na 14ª colocação e enfrentou adversários de alto nível de todo o mundo. “O término da construção da pista no COT (Centro Oficial de Treinamento) da UFMT seria muito benéfico”.
Florence terminou o mundial entre as 15 melhores do mundo. A categoria a qual ela pertence (Master) é para atletas acima de 35 anos: “Durante o ano você compete dentro do seu país, fazendo ranking e pontuando para chegar lá. Se você tiver condições financeiras também vai, já que não é custeado pela federação”, disse ela ao Olhar Direto.
Em 2013, ela competiu no mundial (400m, 800m e 1.500m), que aconteceu no Brasil. Porém, neste ano decidiu brigar por medalha nos 800m e 1.500m. Na primeira, ficou em 13º lugar e na segunda, em 14º lugar. “O Brasil ficou em vigésimo lugar na classificação geral e a França em primeiro”.
Ao todo, foram 115 atletas brasileiros na delegação que participou do mundial na Europa: “Ser 14ª do mundo pra mim é uma honra. Sem contar que aqui em Cuiabá não temos estrutura de treino. Nós disputamos com países que vão com delegação completa, com médico e tudo. È uma superação, vamos pela força de vontade”. Para chegar à competição, ela foi patrocinada pela Unimed.
“Este ano temos o campeonato estadual em São Paulo (SP), em outubro. Depois, teremos o Sul-Americano, de 7 a 15 de novembro, em Porto Alegre (RS). Acredito que temos boas chances, já que o Brasil foi o primeiro colocado da América do Sul no Mundial”, explicou Florence.
A mato-grossense começou a correr mais intensamente depois que o filho dela nasceu: “Há sete anos que treino com este objetivo de competir e há três anos voltei as minhas atividades para a pista. Antes eu fazia muita corrida de rua, em 2012 cheguei a ficar em sexto lugar na Corrida de Reis”.
Florence cobra também apoio das empresas do Estado: “Para chegar ao Mundial eu consegui patrocínio. Porém, no cotidiano não temos incentivos. Precisamos disso para fomentar o esporte. Se você não faz isso, não leva as pessoas para a pista, não incentiva e, consequentemente, não tira as pessoas das ruas”.
A atleta finaliza dizendo que: “A construção da pista de atletismo no COT da UFMT seria essencial para nós. Não entendi porque demora tanto. Quando mudei para Cuiabá, eu treinava com a Nadir Sabino. A grande preocupação dela no dia que fechou a pista era de que ela não ia ver abrir novamente. Na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), era um lugar que ficava cheio de gente praticando esporte. Seria essencial”.