Umutinas usam a internet para vender suas ‘biojoias’
Para aumentar a renda, indígenas da etnia Umutina passaram a vender os artesanatos produzidos nas aldeias no município de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, na internet. Os colares, pulseiras, brincos e anéis são produzidos a partir de sementes e fibras naturais, principalmente o tucum. Os preços variam de R$ 10 a R$ 600.
Elas criaram uma marca própria, ‘Bôloriê Umutina’, e uma página numa rede social, contendo informações sobre as peças e os lugares onde os artesaatos estão sendo vendidos. Além das biojóias, serão vendidos também cestos, escultura em madeira, bolsas, abanadores, arco e flecha e quadros. As peças poderão ser entregues para todo o país.
Os índios participaram de uma oficina ministrada na terra indígena, em Barra do Bugres, neste mês. Cerca de 90 pessoas participaram do evento. Eles estão tendo o apoio do projeto Territórios Criativos indígenas, Arte e Sustentabilidade, do Ministério da Cultura e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Heidilaine Corezomae, que produz biojoias há sete anos, explica que, dependendo do material, demora até três dias para fabricar uma peça. “Temos que pegar o tucum, colocar para secar e depois que vai para a confecção”, disse. Heidilaine disse ainda que com projeto poderá ajudar a família. “É uma maneira de contribuir com a renda familiar”, citou.
Elas recebem encomendas por e-mail e também vendem as peças no Museu de Arte Sacra e Museu Histórico de Cuiabá. Um site também deve ser lançado para a venda das peças. A previsão é que até dezembro deste ano a página já esteja no ar.
A coordenadora do projeto Ludmila Brandão explicou que o projeto teve ínicou ano passado e até a ídeia está sendo amadurecida. “Começaram no final do ano passado e devem terminar em dezembro. Os indígenas tiveram um preparo, uma especialização para isso”, pontuou.
G1-MT