Ex-bicheiro será julgado no dia 10 por morte de dois empresários
O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro será julgado pelo Tribunal do Júri no próximo dia 10 (quinta-feira), no Fórum de Cuiabá, sob a acusação de ser o mandante do assassinato de dois empresários da Capital, em 2002
Arcanjo será julgado pelos assassinatos de Fauze Rachid Jaudy Filho, Rivelino Jacques Brunini, e pela tentativa de homicídio de Gisleno Fernandes.
Os crimes ocorreram no dia 5 de junho de 2002, em frente a uma oficina mecânica, na Avenida do CPA.
O julgamento dele estava inicialmente marcado para 30 de julho, pórem foi desmembrado porque um novo advogado foi constituído e pediu o adiamento para que pudesse estudar o processo.
O ex-comendador está preso no Presídio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia.
O julgamento do caso, ocorrerá 13 anos depois do crime e mais de cinco anos, após a sentença de pronúncia, proferida em 18 de maio de 2010, devido aos inúmeros recursos protocolados pela defesa do ex-bicheiro.
O processo estava em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a relatoria da ministra Laurita Vaz e, posteriormente, da ministra Maria Thereza de Assis Moura, que negou os pedidos feitos pela defesa e determinou a devolução dos autos para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Os recursos tiveram início em 2010, quando a Justiça determinou que João Arcanjo e os outros réus fossem a julgamento.
Em 2011, o processo seguiu para o Tribunal de Justiça e, depois, para o STJ, retornando somente neste ano.
Encaminhado para a 12ª Vara Criminal de Cuiabá, o procedimento seguiu para 1ª Vara Criminal.
A defesa dos réus tentou, novamente, o desmembramento do processo, mas o pedido foi negado pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.
Esta é a segunda vez que Arcanjo sentará no banco dos réus.
A primeira ocorreu em outubro de 2013, quando foi condenado a 19 anos de prisão pela morte do jornalista e empresário Domingos Sávio Brandão, fundador do jornal Folha do Estado.
Arcanjo ainda responde criminalmente pelas mortes de Mauro Sérgio Manhoso, Leandro Gomes dos Santos, Celso Borges, Mauro Celso Ventura de Moraes e Valdir Pereira.
Caso Maiana
Outros 21 acusados irão a julgamento popular neste mês, totalizando 14 sessões ordinárias e extraordinárias, que serão presididas pela juíza da 1ª Vara Criminal da Capital, Mônica Catarina Perri de Siqueira.
Outro caso de destaque é o da estudante Maiana Mariano que, segundo a denúncia, foi morta asfixiada com um pano em dezembro de 2011 por Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva, em uma chácara no bairro Altos da Glória.
O crime teria sido contratado por Rogério da Silva Amorim, mediante pagamento de R$ 5 mil.
A motivação seria um relacionamento extraconjugal entre a adolescente de 17 anos e Rogério. O julgamento dos acusados será no dia 24 de setembro, a partir das 8h.
Nos demais processo que serão julgados, dois envolvem gangues de Cuiabá.
Fábio Alves de Oliveira, Wilson Divino Cunha de Lima e Charles Pereira Correa são acusados de matar a tiros Alan da Luz Bras Leite.
De acordo com o processo, “o crime ocorreu em razão de vingança”, pois a vítima seria líder de uma gangue e estaria “aterrorizando os bairros Pedregal e Jardim Leblon”.
Os réus irão a júri no dia 3 de setembro.
Já o julgamento de Augusto César Siqueira dos Santos será no dia 16 de setembro. O réu é acusado de matar Benedito Henrique Ferreira e tentar contra a vida de Daniel de Morais Silva.
Conforme os autos, o crime teria sido motivado por rixa entre as gangues ‘turma de baixo’, supostamente integrada pelo réu, e ‘turma de cima’, composta pelas vítimas.
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