Empresário assume planejar assassinato de concunhado
O empresário N. C. S., de 34 anos, suspeito de matar Dougas Wilson Ramos, de 28 anos, assumiu o planejamento do crime e alegou ter sido motivado por vingança. Douglas foi sequestrado e torturado antes de ser morto com um tiro na nuca.
Douglas desapareceu em setembro e o seu corpo foi localizado em decomposição um mês depois.
Em interrogatório ao delegado Flávio Stringuetta, o suspeito apontou que o autor do tiro ainda não foi preso.
O suspeito disse que o assassinato de Douglas foi motivado por traição – Nilton descobriu que Douglas havia desviado dinheiro para a abrir a própria empresa. A partir daí, planejou o crime.
Nilton, que está com a prisão preventiva decretada, protagonizou uma perseguição policial, nesta sexta-feira a tarde. Ele tentou fugir dos policiais jogando a Saveiro que pilotava contra a viatura, caindo num declive próximo do rio Cuiabá na região da Ponte Nova.
“Foi bom (o interrogatório) porque apontou a pessoa que matou o empresário (Douglas). Ele (Nilton) mesmo não tendo atirado, está envolvido no crime”, destacou o delegado.
Tortura
A vítima teria sido torturada antes da execução com um tiro a curta distância. O corpo foi deixado pelos assassinos em um local de difícil acesso.
O empresário acrescentou que o segundo participante é a pessoa que aparece nas filmagens pegando o carro da vítima. Explicou que não foi ordem sua roubar o carro da vítima e não sabe o destino dado ao BMW de Wilson.
Ele também alegou que não recebeu ligação alguma para avisar que o “serviço” estava feito. E ficou sabendo do assassinato pessoalmente, quando encontrou o cúmplice, em um loja de caminhões.
Frio e calculista, disse que agiu normalmente depois que soube da morte do concunhado, até o dia que teve conhecimento que a investigação estava em curso, quando passou a ter convicção que o caso estava perdido.
O delegado lembrou que arma usada para executar o empresário pertence ao cúmplice que atua em roubos de caminhões.
Uma braçadeira apreendida pelos policiais na casa do cúmplice era usada para amarrar caminhoneiros. O Gol branco usado para sequestrar a vítima era dirigido pelo cumplice. O carro foi roubado e ficou com o suspeito de Rondonópolis.
Roubo e sequestro
Striguetta acrescentou que Nilton foi indiciado por simulação de roubo seguido de sequestro, crime considerado mais grave.
O delegado esclareceu que, durante a prisão, não houve troca de tiros. “Nossos policiais atiraram no pneu da picape no momento em que ele (Nilton) jogou a picape contra a viatura”, frisou.
O empresário está desaparecido desde o dia 24 de setembro, após ter sido rendido e levado por três homens durante um assalto à sua empresa. Ele era proprietário da Tarumã Cimentos e trabalhava no estabelecimento no momento em que dois homens invadiram a loja.
A invasão ao local ocorreu por volta das 9h30. Testemunhas disseram que enquanto dois homens renderam todos que estavam dentro do estabelecimento, um terceiro ficou aguardando dentro do carro do trio.
Os suspeitos obrigaram as pessoas presentes no local a ficarem deitadas e as algemaram. Em seguida, roubaram todos os aparelhos celulares e carteiras das vítimas. Os bandidos estavam em um Gol Branco e, após o assalto à loja, roubaram também o veículo de Douglas que segue desaparecido.
Mídia News