Médicos de Cuiabá ameaçam paralisar atividades; greve será a terceira do ano
Pela terceira vez neste ano os médicos lotados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nas cinco policlínicas de Cuiabá, ameaçam interromper seus trabalhos. Além da paralisação desta quinta-feira, 12, o movimento ocorrerá também nos dias 20 e 25 deste mês. Sob acusação de radicalidade e ilegalidade, a decisão da categoria foi tomada como forma de protesto ao não pagamento de horas extras de médicos plantonistas, por parte da Prefeitura Municipal, há mais de seis meses.
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT), informou ainda que se o pagamento não for realizado até o dia 30, os profissionais realizarão uma Assembleia Geral no dia 2 de dezembro com indicativo de greve para toda a categoria em solidariedade aos demais. Serão mantidos apenas os atendimentos com classificação de risco, chamados de vermelho e amarelo.
Eles alegam que a Prefeitura, apesar de reconhecer a irregularidade da situação, ainda não regularizou os repasses.A administração, no entanto, rebate que os pagamentos estão em dia, e que, apenas os profissionais que não bateram o ponto é que não receberam.
O secretário de Comunicação, Kleber Lima, destacou que o município não pode e não pagará sem o registro do ponto.“O Sindimed, mais uma vez, age de maneira radical e sem diálogo. Não há nenhum atraso ou suspensão de pagamento, o que acontece é que não se pode pagar para o profissional que não bate ponto. É assim em qualquer lugar. Só por que eles são médicos devemos agir diferente? O que o Sindicato propõe então é que sejam concedidos privilégios?” Questionou.
Lima disse que já há um processo na Procuradoria Geral para que a greve seja considerada ilegal e que uma coletiva de imprensa está marcada para amanhã, na Secretaria Municipal de Saúde. Lá, segundo ele, o secretário Ary Soares de Sousa, refutará as exigências do movimento dos médicos, esclarecendo a situação e apresentando provas da ausência de registros dos pontos por parte dos profissionais.
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