Mais de 1,7 mil cédulas falsas já foram recolhidas em MT em 2016
Um total de 1.767 cédulas falsas já foram recolhidas pelo Banco Central em Mato Grosso, neste ano. No ano passado, foram recolhidas 4.693 notas, mesmo com as mudanças para dificultar a falsificação, como a alteração nos modelos das cédulas, que começou em 2010. Cada uma tem um tamanho diferente, sem contar os novos mecanismos de segurança, nas marcas d’água, na faixa olográfica, por exemplo. A maioria delas é de R$ 50.
Para evitar receber notas falsas, o comerciante João Batista, além de analisar bem a nota, ainda usa uma canetinha, que identifica quando a nota é falsa. Nas notas verdadeiras, não aparece nada e, nas falsas, o risco fica preto. Outra técnica é tentar furar a nota com a canetinha.
No Brasil, a quantidade de notas apreendidas tem se mantido estável, entre 400 mil e 500 mil cédulas por ano. As maiores vítimas dos salários e de quem repassa essas notas falsas são os pequenos comerciantes e taxistas, como o taxista José Paulo dos Santos.
Ele já é experiente no ramo. Trabalha há mais de 20 anos nessa função e não pensou duas para adotar meios para evitar receber notas falsas. A máquina de cartão ele já usa faz tempo. E, agora, com os aplicativos de celular para táxi, o cliente já entra no carro com a corrida paga.
A orientação do Banco Central é que quando alguém receber uma cédula preste atenção nos principais elementos de segurança: nas notas da Primeira Família verifique a marca-d’água, a imagem latente, o registro coincidente e o relevo.
Nas cédulas da Segunda Família do Real devem ser verificados a marca-d’água, o número escondido, a faixa holográfica (nas notas de R$ 50 e R$ 100) e o número que muda de cor (nas notas de R$ 10 e R$ 20), bem como o alto relevo.
O crime de falsificação está previsto no Artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a dois anos de detenção.
G1-MT