Pastor suspeito de abuso contra enteado deixa prisão no Rio
O pastor Felipe Garcia Heiderich, suspeito de abuso sexual contra o enteado de 5 anos, deixou o complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, na madrugada deste domingo (10), como informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Neste sábado (9), o desembargador Murilo Kieling concedeu alvará de soltura do Heiderich, mesmo sem tornozeleiras eletrônicas.
O equipamento parou de ser fornecido ao governo porque a empresa responsável não recebe do estado desde setembro. Anteriormente, a Justiça havia determinado a prisão domiciliar do pastor. Segundo o magistrado, o Ministério Público já havia se posicionado de maneira favorável pela soltura nestas condições.
De acordo com a denúncia do MP, o pastor teria cometido os atos libidinosos contra o menino diversas vezes. Ele foi denunciado por estupro de vulnerável e, de acordo com o documento, a prática ocorreu até o dia 11 de junho deste ano. A denúncia do promotor Luiz Otávio Lopes foi oferecida com base na investigação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). O MP também requereu ao Juízo a revogação da prisão temporária do acusado, por entender já ter sido possível obter na fase de investigação os elementos necessários para a propor a denúncia.
O Ministério Público requereu, ainda, a aplicação de outras medidas cautelares, como a proibição de contato do denunciado com a vítima e sua mãe, uma distância-limite de 250 metros entre os mesmos, a proibição do acusado de deixar a comarca e o recolhimento do seu passaporte.
O caso veio à tona quando a mulher do pastor e mãe da suposta vítima de abuso, a também pastora Bianca Toledo, postou um vídeo nas redes sociais em que fala sobre o caso. Com mais de 3 milhões de seguidores, Bianca enfatizou que seu desabafo era uma forma de manter a transparência com seu público.
“Eu descobri coisas que não queria ter descoberto, e o que eu descobri é muito grave. Como mãe eu posso dizer que os meus últimos dias foram os piores dias da minha vida”, ressaltou a pastora.
G1