Gaeco prende ex-secretário de Taques
O ex-secretário de Educação de Mato Grosso, Permínio Pinto (PSDB), acaba de ser preso pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e está neste momento no Instituto Médico Legal (IML).
Trata-se da 2ª fase da Operação Rêmora deflagrada no dia 3 de maio para desarticular um esquema de fraudes em licitações da Seduc envolvendo 23 obras de reforma e amplicação de escolas orçadas em R$ 56 milhões.
Permínio foi demitido da Seduc após o escândalo de favorecimento em licitações, apurado pela Operação Rêmora. Os agentes cumpriram um mandado de prisão decretado juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que acatou a representação feita pelo Gaeco.
O ex-secretário de Estado “participou ativamente do comando decisõrio da organizaão criminosa já denunciada”, sustentou o Gaeco na representação da prisão que foi aceita por Selma Rosane.
Permínio Pinto é o primeiro ex-integrante do staff do governador Pedro Taques (PSDB) a ser preso num esquema de corrupção. Depois de passar pelos exames, o tucano será encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC).
Dois presos na 1ª fase da Rêmora, o empresário Giovani Belatto Guizardi, dono da Construtora Dínamo e o servidor efetivo da Seduc, Wander Luiz dos Reis, afirmaram por meio de seus advogados, em habeas corpus impetrados no Judiciário, que Permínio Pinto estava envolvido nas fraudes e tinha total conhecimento do esquema de cobrança e pagamento de propina por empresários que participavam das licitações.
Por tal motivo, as defesas sustentaram que o caso deveria ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e não pela juíza Selma Rosane, já que permínio Pinto à época dos fatos, era secretário de Estado e portanto, era beneficiado pelo foro por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado. Apesar disso, os habeas corpus foram negados pelo TJ e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ambos continuam presos em Cuiabá.
Fonte: Gazeta Digital