Taques sinaliza apoio a Botelho

Mesmo não confirmando apoio ao projeto do deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), que busca a presidência do Legislativo, o governador Pedro Taques (PSDB) disse em tom de brincadeira que o parlamentar tem “cara de presidente da Assem-bleia Legislativa”. A declaração foi dada na manhã desta sexta-feira (22), na inauguração da Unidade de Pronto Atendimento do bairro Ipase (UPA Ipase), em Várzea Grande.

O chefe do Executivo vem informando que não se intrometerá nas eleições da Mesa Diretora do Parlamento Mato-grossense e que essa decisão é puramente do Legislativo. Contudo, o chefe do Executivo disse que aceitaria de bom grado um presidente da base aliada. “O governador não pode botar a colher de pau nesse angu. Mas não seria nada mal eleger um deputado da nossa base – que pode ser o deputado Botelho, o Guilherme Maluf (PSDB), enfim…”, disse Taques.

O governador evita falar no assunto e já repetiu que “essa é uma decisão da Assembleia Legislativa e não cabe ao governador se imiscuir, adentrar, em eleição de Mesa Diretora. Os deputados escolhem o seu destino. Cabe a eles escolherem o que é melhor para o Legislativo, como eu escolho o que é melhor para o Executivo de Mato Grosso”, afirmou.

Contudo, durante os seus agradecimentos, no evento de inauguração da UPA, Taques ao falar de Botelho -único parlamentar que estava presente no evento -disse: “agradeço o vice-presidente da Assembleia Eduardo Botelho. Ele é vice, mas tem cara de presidente, não é mesmo?”.

A brincadeira do governador sugerindo apoio a Botelho dá força às informações de bastidores que apontam um rompimento com Maluf. A eleição para formação da nova Mesa Diretora deve acontecer no início de setembro. Mas desde já o racha entre Botelho e Maluf está nítido.

A cisão entre o atual presidente e o primeiro-vice-presidente ficou mais nítida quando Botelho, contrariando acordo firmando entre todos os deputados, realizou as três sessões na Assembleia Legislativa, mesmo depois de o presidente Guilherme Maluf ter limpado a pauta para dar início ao recesso branco, uma vez que a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2017 não foi votada.

Houve a concordância que as sessões seriam retomadas apenas em agosto.

No início do imbróglio Botelho cogitou apoiar Emanuel Pinheiro, por conta do não cumprimento da palavra de Maluf., que teria prometido não colocar seu nome para tentar uma reeleição à presidência.

FolhaMax