Caseiro diz ter R$ 180 mil roubados de procuradores mortos em MT
Trabalhando com a família Souto há mais de oito anos, José Bonfim Alves Santana confessou que comercializava os gados criados na fazenda Santa Luzia e guardava o dinheiro em uma conta bancária, onde já deveria ter cerca de R$ 180 mil. Segundo ele, o salário de R$ 1,5 mil não era suficiente para pagar suas despesas.
Além disso, o gerente acreditava merecer receber mais devido ao trabalho que desenvolvia na fazenda dos procuradores.
Pai e filho foram executados por Santana em uma área de pasto, durante um passeio a cavalo. O primeiro a ser morto foi o procurador aposentado do DF, Saint-Clair Martins Souto. Em seguida, o gerente da fazenda chamou o procurador do Rio de Janeiro, Saint-Clair Diniz Martins Souto, alegando que o pai dele havia sofrido uma queda do cavalo, e também o executou.
Ambos foram mortos com tiros de arma de fogo. “Após a execução, o suspeito arrastou os corpos para uma região de mata próxima à fazenda, a cerca de um quilômetro da casa. Pelo que notamos, tudo foi minimamente premeditado”, diz a delegada de Tocantins, Olodes Freitas.
De acordo com o delegado de Vila Rica, Gutemberg de Lucena, os corpos foram localizados após os policiais seguirem a coordenada passada pelo acusado. “Eles não estavam enterrados, mas estavam em uma área de mata fechada, o que dificultou a localização. Agora passam por perícia e não sabemos quando serão liberados para o translado até o Distrito Federal”.
O caseiro da fazenda prestou depoimento na segunda-feira (12) e alegou que não sabia de nada e também não desconfiou dos homicídios. “Disse que chegou a questionar José Bonfim a respeito dos patrões, uma vez que ele saiu acompanhado dos dois, mas voltou só com os cavalos. O suspeito teria dito que os procuradores pegaram uma carona até o centro da cidade e dormiriam em um hotel”.
Delegado de Vila Rica confirmou que é investigada a participação de outras pessoas nos homicídios.
Fonte: FolhaMax