Servidores iniciam “greve geral” e já se concentram na AL para protestos
Delegações do interior chegam de ônibus ao legislativo; PM reforça segurança
Os servidores públicos estaduais cumpriram a promessa de dedicarem esta quarta-feira para a “greve geral” e protestarem contra o Governo do Estado. A principal reivindicação é o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 6,58% já na folha de maio, prevista para ser paga até o dia 10.
O funcionalismo concentra suas manifestações na Assembleia Legislativa. Desde as primeiras horas, servidores estão chegando a sede do legislativo onde devem acompanhar as sessões matutina e vespertina desta quarta.
Delegações do interior do Estado chegam de ônibus ao legislativo. Do lado de fora, um trio elétrico aguarda a chegada e vai receber os líderes do movimento. Policiais militares reforçam a segurança do legislativo.
Ontem, o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), disse que irá receber os manifestantes. Todavia, declarou que não irá tolerar baderna durante as sessões.
“Eu acho até que os representantes sindicais podem fazer movimento. Se eles quiserem vir para a Assembleia, que venham. Estamos prontos para dialogar com eles. Mas não pode ser desordeiro. No ano passado, houve algumas bagunças e eu não vou permitir isso”, disse.
O projeto de Lei sobre o parcelamento da RGA foi encaminhado pelo Executivo estadual à Casa de Leis na semana passada. O governador Pedro Taques propõe que a revisão correspondente a 2016-2017 seja concedida em três parcelas, sendo as duas primeiras de 2,15% e a última de 2,14%. Conforme a proposta, o primeiro pagamento ocorrerá em janeiro de 2018, o segundo em abril e o último em setembro do próximo ano.
A RGA de 2016 foi calculada em 6,58%, conforme o Índice Nacional de Pesquisa ao Consumidor (INPC). Segundo Taques, os 0,14% que não foram incluídos no parcelamento são referentes a juros compostos e devem ser calculados somente no período em que for paga a última parcela, para que o valor seja acrescido aos 2,14%. O pagamento da revisão deve trazer impacto de R$ 500 milhões no orçamento do Estado.
Fonte: FolhaMax