Pavilhão de igreja é alvo de marginais em Lucas do Rio Verde
Um grupo formado por usuários de drogas arrombou e invadiu três dependências da Comunidade Rosa Mística nesta terça-feira em Lucas do Rio Verde. Eles provocaram atos de destruição, ingeriram bebidas deixadas por integrantes do grupo de Terceira Idade que se reúne no salão paroquial e levaram equipamentos eletroeletrônicos usados para ensino de crianças, jovens e adultos.
De acordo com o padre Vagno Reato, o prejuízo é da própria comunidade, já que todo o aparato usado na Rosa Mística é conseguido e mantido com dinheiro dos moradores, em promoções realizadas pela igreja. Ele lamentou e lembrou que o local já foi invadido em outras ocasiões.
“O que podemos fazer em relação a isso? É um questionamento de quantas vezes isso ainda vai acontecer, o quanto isso ainda vai se repetir em nossa cidade e como devemos reagir a isso. Não adianta olhar e ver o que está quebrado, querer xingar ou colocar a culpa em alguém, nós temos que tentar resolver essa situação”, declarou Reato.
Ele ainda desabafou quanto à criminalidade registrada nas imediações da Rosa Mística, onde recentemente um homem foi assassinado após ser roubado por um adolescente. Reato citou os assaltos cometidos na região. “Agora estamos sendo assaltados de bicicleta, encosta uma bicicleta do seu lado e avisam que é um assalto, que tem uma faca na mão. Temos que começar a tomar algumas providências, começar a agir em relação a isso”, desabafou.
Do centro catequético foi levado um televisor e um vídeo cassete. A sala, após ser arrombada, foi toda revirada. Numa outra sala, os vândalos destruíram uma imagem religiosa.
Na chamada casa de carne, os vândalos destruíram a porta de entrada, mas não levaram nenhum objeto.
Já no salão paroquial, que fora usado por membros do grupo de Terceira Idade na noite de segunda-feira, houve o arrombamento de uma das portas de entrada, arrombamento de freezers e geladeira, de onde foram retiradas latas de bebidas e consumidas no local, salas onde são guardados utensílios de cozinha também foram arrombadas. Por fim, eles ainda usaram extintores de incêndio, deixando muita desordem no local.
O padre descartou a instalação de câmeras de vigilância. Ele argumenta que o problema é mais complicado e merece envolvimento de toda a sociedade. Vagno cita que a comunidade sabe que são os indivíduos que frequentam espaços próximos à Rosa Mística geralmente para uso de bebidas alcoólicas e entorpecentes. “Se colocando uma lâmpada ou câmara resolvesse, seria simples”, assinalando que por serem menores muitos são apreendidos, encaminhados para a polícia, mas liberado em seguida pela justiça, em razão da legislação brasileira.
Atividades
Nos locais invadidos são realizadas diversas atividades, com a catequização, encontro de pastorais, dos alcoólicos e dos narcóticos anônimos, além da Pastoral da Sobriedade. “Estava ajudando a família de alguns deles que estiveram aqui para destruir”, lamentou o padre.
Invasão
Horas antes do arrombamento da Rosa Mística, um supermercado nas imediações também foi ‘visitado’. Um grupo de cinco pessoas, possivelmente menores de idade de acordo com as imagens das câmeras de videomonitoramento, arrombou o depósito do estabelecimento, aproveitando que o vigia estava na área da frente do comércio. Porém, o alarme disparou e frustrou a ação do grupo. Não é descartado que se trata do mesmo que provocou a desordem nas instalações da comunidade Rosa Mística.