Polícia

Principal testemunha de um incêndio que destruiu prefeitura é assassinado a tiros

Principal suspeito de atear fogo na prefeitura de Nova Bandeirantes (1.000 km de Cuiabá), Juliano Rocha, 26 anos, foi morto a tiros, na noite de domingo (13), em uma casa em Apiacás, a cerca de 200 km dali. O delegado Marcos Lyra, titular da delegacia de Paranaíta e que responde também por Apiacás, confirmou a morte ao RDNews. Há a suspeita de que o incêndio tenha sido provocado para queimar arquivos.

Depoimento de envolvidos no incêndio em outubro do ano passado ligam o prefeito Valdir Rio Branco (PSB) ao crime. Segundo os depoentes, sendo um deles Juliano Rocha e o outro comparsa Juliano Guedes, uma reunião foi realizada na chácara do então gestor, onde pediram que ele escolhesse entre 10 pessoas para que acusassem de serem os mandantes.

Conforme a Polícia Civil Juliano foi atingido por pelo menos dois tiros em frente à porta da casa em que ele estava. As cápsulas do revólver foram encontradas no local. “Estamos começando a investigar. As pessoas estão com medo e não querer dizer o que aconteceu. A princípio as únicas informações que temos são essas. Não descartamos nenhuma hipótese uma vez que ele estava envolvido em muitas coisas”.

Peritos de Alta Floresta estiveram no local e farão laudo apontando as circunstâncias da ocorrência. Em depoimento em que o RDNews teve acesso, Juliano confessou o crime. Na época relatou que o incêndio na prefeitura foi planejado em uma reunião na chácara do então gestor, Valdir Pereira dos Santos (PSB).

A reportagem entrou em contato com o prefeito e em entrevista na manhã desta terça (15) ele lamentou a morte de Juliano. Explicou que a família pediu ajuda para os procedimentos fúnebres.

“O avô dele me procurou e a prefeitura ajudou no que podia. Fico triste por toda essa história ter tido esse desfecho. Mas espero que a polícia resolva esse homicídio também. Fico triste pelo fim que ele teve”, disse ao RDNews.

Fogo

O incêndio ocorreu na madrugada do dia 2 de outubro, quando dois homens armados teriam abordado o segurança e utilizado de algum tipo de líquido inflamável para iniciar as chamas. Três caminhões pipas contribuíram para que o fogo fosse controlado. O setor administrativo da Prefeitura de Nova Bandeirantes ficou totalmente destruído. Com isso, a documentação do RH, Contabilidade, Licitações, Tributos e Compras entre outros arquivos foram queimados.

A Polícia Civil passou a investigar o caso, que pode estar atrelado com a operação Loki, deflagrada no último dia 20 de setembro para apreender documentos, computadores e celulares que possam comprovar indícios de crimes contra a administração pública.

Fonte: RDNews

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