Tangará da Serra, Barra do Bugres e Nova Olímpia deixarão de receber R$ 13,5 milhões para custeio da saúde pública
Um lobby junto ao Ministério da Saúde por parte de alguns membros da bancada federal de Mato Grosso, em Brasília, deverá reverter para outras regiões do estado recursos para a saúde pública que seriam destinados a Tangará da Serra, Barra do Bugres e Nova Olímpia.
A realocação de recursos foi proposta durante reunião no mês de abril, da qual participaram os senadores José Medeiros (Podemos-MT) e Wellington Fagundes (PR), e os deputados federais Valtenir Pereira (MDB), Ságuas Moraes (PT), Fábio Garcia (DEM), Adilton Saquetti (PRB) e Victório Galli (PSL).
Na reunião – registrada em ata assinada pelos presentes – houve a discussão sobre uma possível revisão no rateio de emenda de bancada no valor total de R$ 56 milhões, impositiva para a saúde pública. Na oportunidade, foi deliberado que seria encaminhado ao Ministério da Saúde pedido de realocação dos valores do rateio, o que significou praticamente a retirada dos três municípios da fatia reservada pelo então deputado federal e atual vereador de Tangará da Serra, Rogério Silva (MDB), que atuou na Câmara Federal entre julho e novembro do ano passado.
Na oportunidade, Rogério Silva propôs, em outubro do ano passado, a destinação de um total de R$ 13,5 milhões para os municípios de Tangará da Serra, Barra do Bugres e Nova Olímpia. A emenda, que prevê R$ 8,5 milhões para Tangará da Serra (para investimentos em leitos de UTI e centro cirúrgico do Centro Hospitalar Municipal) e outros R$ 5 milhões para Barra do Bugres (R$ 3,5 milhões) e Nova Olímpia (R$ 1,5 milhão), chegou a ser, ainda em 2017, aprovada pelo Ministério da Saúde e empenhada, restando somente a efetiva liberação, este ano, na conta dos municípios. Se os depósitos ocorrerem, deverão ser feitos até o dia 07 de julho por força do período eleitoral.
Esta semana, numa emissora de rádio local, o senador José Medeiros se pronunciou através de um áudio gravado, onde tenta explicar seu posicionamento, transferindo a responsabilidade pela distribuição das emendas aos consórcios intermunicipais de saúde e à Associação Mato-grossense de Municípios (AMM). Segundo Medeiros, como Tangará da Serra não participa do consórcio de saúde da região, acabou ficando de fora do rateio.
Ofício
Em nota, o senador nega que tenha prejudicado Tangará da Serra e alega que “da parte da bancada não houve privilegiados (…)”. Ainda quanto a Tangará da Serra, Medeiros justificou que a suspensão do recurso se deve, além da não participação no consórcio, a um erro do Ministério da Saúde.