Política

Senado aprova punição mais severa a juiz e membro do MP

blairoO plenário do Senado aprovou, ontem terça-feira (6), proposta de emenda à constituição (PEC) que altera a lista de punições a membros do Ministério Público e magistrados.

O texto foi aprovado como PEC 53, mas serviu também como parecer à PEC 75/2011, já que o relator das propostas, senador Blairo Maggi (PR), deu tratamento isonômico à Magistratura e ao Ministério Publico.

Com 64 votos favoráveis no primeiro turno e 62 favoráveis no segundo turno, a Proposta de Emenda Constitucional determina punições mais severas a juízes que cometeram falhas graves, como envolvimento com corrupção, segue para a Câmara dos Deputados.

A proposta acaba com a aposentadoria compulsória que é a punição disciplinar máxima a magistrados.

“Com o novo texto, acaba a aposentadoria compulsória. O magistrado ou membro do Judiciário que cometer crime será afastado e após o transito em julgado da sentença – que correra de modo preferencial -, passará a integrar o regime comum previdenciário do INSS”, disse o relator da proposta, senador Blairo Maggi.

As PECs 53 e 75

O substitutivo de Blairo foi uma resposta às críticas que o texto original recebeu de que poderia colocar em risco a vitaliciedade.

“A PEC 75 atingia o âmago a garantia constitucional da vitaliciedade que é a principal garantia colocada à serviço da sociedade e do cidadão para que o promotor e o juiz de direito possam exercer na plenitude os seus mandatos republicanos no interesse no povo e da democracia. O senador Blairo Maggi teve espírito conciliador que marcou a conduta na busca de uma solução que atendesse e preservasse os agentes políticos da Magistratura e do MP”, disse o presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público, promotor Vinícius Gahyva, que também é secretário-geral da Associação Nacional dos Ministérios Públicos.

Por outro lado, o texto aprovado não admite mais a pena de aposentadoria compulsória com proventos proporcionais.

Segundo explicou o senador Maggi, a PEC afasta qualquer possibilidade da extinção da garantia Constitucional da vitaliciedade, pois, de acordo com ele,  qualquer tentativa de enfraquecer a Magistratura ou o MP “é querer que se enfraqueça a própria democracia”.

No relatório de Maggi aprovado ontem, a perda do cargo só ocorre com o transito em julgado da sentença.

“Com a inovação de estabelecer prazo de 30 dias para que o órgão colegiado represente ao Ministério Público quando entender cabível a demissão e ainda, ao MP, o prazo de 90 dias para que se pronuncie sobre referida representação dando celeridade ao processo”, disse.

Após a conclusão do processo administrativo, e a representação pela perda do cargo, o magistrado ou membro do MP ficará afastado de suas funções, com vencimentos proporcionais, até o transito em julgado da sentença.

Para Gahyva, a aprovação do relatório de Maggi representou a abertura do Parlamento ao diálogo.

“O senador ouviu as entidades de classes, com respeito às instituições acerca de matérias de tamanha densidade constitucional pertinente a um predicado fundamental para o exercício das atividades funcionais do MP e da Magistratura: a vitaliciedade”, disse.

 

 

Midia News

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