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Médico que teria recebido quase R$ 1 milhão indevidamente, PF cumpre mandados

A Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Onipresente’, na manhã desta quarta-feira (13), com o objetivo de apreender provas relacionadas à contratação ilegal de um médico em Salto do Céu (348 quilômetros de Cuiabá). Esta é a segunda fase das investigações que visam combater desvios de recursos públicos federais no município.

O profissional estaria desempenhando serviços em Mato Grosso e também em Rondônia, mesmo sendo fisicamente impossível devido à distância entre as duas localidades. Ao todo, o acusado teria recebido R$ 1 milhão em contratos.

Três mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz federal Rodrigo Bahia Accioly Lins, da 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres/MT, e estão sendo cumpridos em operação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU).

A Polícia Federal faz buscas em uma residência, um consultório médico e uma secretaria municipal em Salto do Céu.

As investigações indicam que de 2014 a 2017 um médico teria recebido salários vultosos da prefeitura de Salto do Céu. Porém, ele trabalhou durante dois anos na Delegacia Regional da Políica Civil de Ariquemes (RO), o que tornava impossível a prestação de serviço nas duas localidades.

Diante dos fatos, concluiu-se que os cerca de R$ 780 mil pagos ao médico pela prefeitura foram indevidos, devendo ser restituídos aos cofres públicos.

O nome da operação é uma referência a seres dotados de poder especial, que detêm o poder de estarem presentes ao mesmo tempo em diferentes locais.

Operação Trapaça

No dia 26 de fevereiro, a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências de quatro cidades em Mato Grosso. As ações fizeram parte da ‘Operação Trapaça’, que tem o objetivo de combater fraudes a licitações e desvio de recursos públicos. Em alguns meses de atuação, uma suposta empresa de fachada já teria lucrado mais de R$ 2 milhões. O prefeito de Salto do Céu, Wemerson Adão Prata (PP), foi um dos alvos.

As ordens foram cumpridas em Salto do Céu, Cáceres, Curvelândia e Nova Lacerda. Todos estes municípios mato-grossenses.

A operação, que iniciou a partir de encaminhamento de documentos da Controladoria Geral da União (CGU),  visa angariar mais provas relacionadas aos crimes de fraude a licitações e desvio de recursos públicos praticados por suposta organização criminosa atuante no município de Salto do Céu e outros da região.

Uma das supostas fraudes constatadas durante as investigações foi a identificação de uma empresa fantasma criada em nome de “laranja” para participar, em conluio com outras empresas de pequeno porte, de processos licitatórios realizados pela prefeitura de Salto do Céu.

Em poucos meses de atuação a empresa de fachada já ganhou mais de R$ 2 milhões em contratos de licitações possivelmente fraudadas, enquanto foi identificado que o seu sócio principal possuía um salário de apenas R$ 1,2 mil como tratorista.

Fonte: OlharDireto

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