Caderno com anotações é alvo da PF; Maggi dá R$ 4 mi para conselheiro
Os agentes federais, durante a deflagração da 5ª etapa da Operação Ararath, estariam a “caça” de um caderno com anotações acerca de parte das transações ilícitas que foram feitas pelo grupo investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. A informação é do Bom Dia Brasil, da Rede Globo.
Conforme reportagem veiculada hoje, o deputado estadual José Riva (PSD) e o ex-secretário da Casa Civil de Mato Grosso Eder Moraes foram transferidos para Brasília porque poderiam atrapalhar as investigações, tendo em vista que são muito influentes no Estado. Eles chegaram em Brasília no início da noite, algemados, e foram levados para o presídio da Papuda. Ambos, que tiveram a prisão preventiva decretada, devem ingressar com HC para obter a liberdade.
Ainda conforme a reportagem, o senador Blairo Maggi (PR), ex-governador de Mato Grosso, é um dos investigados devido a suspeita de que teria utilizado empresa clandestina, Bic Banco, para fazer transações à época em que era governador. “Ele teria recebido R$ 4 milhões e repassado para um conselheiro do TCE de MT”, ressalta o Bom Dia Brasil.
Ontem (20), agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas do conselheiro do TCE Sérgio Ricardo e de Alencar Soares, ex-membro do TCE. Sérgio assumiu vaga no orgão fiscalizados após aposentadoria de Alencar. À época houve muita polêmica em torno da indicação de Sérgio. Ainda conforme a reportagem, o MPF queria que fossem feitas buscas e apreensões na casa de Maggi, mas isso foi negado pelo ministro Dias Toffoli – que determinou o cumprimento de mais de 50 mandados de busca e apreensão e prisão foram cumpridos pela PF. Em relação a Maggi, Toffoli entendeu que não há indícios suficientes para determinar o cumprimento das ações.
Campanhas
Ainda conforme a reportagem, a Ararath apura, entre outras coisas, a suposta aplicação de R$ 8 milhões nas campanhas do prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB). O advogado de Silval, Ulisses Rabaneda, diz que o governador não foi ouvido sobre isso e que nem teve acesso as informações. “O STF vai poder nos dar as cópias para que possamos analisar, não sabemos efetivamente o que consta nas investigações”, ressaltou o jurista.
Mauro, por sua vez, em nota, disse que foi alvo da operação devido um empréstimo que tomou da empresa Amazônia Petróleo, em 2012, na quantia de R$ 3,4 milhões. Segundo o socialista, este empréstimo ainda não foi liquidado e está declarado na Receita Federal, referente aos anos de 2012/13 e 2013/14. Veja, abaixo, a reportagem do Bom Dia Brasil.
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