Irmãos Xavier são indiciados pelo assassinato de Raquel Cattani
Os irmãos Romero e Rodrigo Xavier Mengarde foram indiciados pelo homicídio triplamente qualificado contra Raquel Mazeiro Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani, que chocou Mato Grosso no mês passado. O inquérito que investigou o crime foi concluído pela Seção Especializada de Defesa da Mulher de Nova Mutum e encaminhado na segunda-feira (5) ao Ministério Público Estadual e ao Poder Judiciário.
Conforme a Polícia Civil, Romero e Rodrigo foram apontados como mandante e executor do crime, respectivamente. Já o homicídio foi triplamente qualificado por se tratar de um feminicídio com promessa de recompensa, além de ter sido uma emboscada.
Rodrigo vai responder também por furto, já que levou vários pertences da vítima, tal como um celular. Já Romero foi alvo de outro inquérito, dessa vez em Lucas do Rio Verde, pelo crime de porte irregular de arma de fogo.
As armas foram encontradas durante as buscas realizadas no curso da investigação do assassinato de Raquel. Os irmãos Xavier estão presos em uma unidade prisional de Mato Grosso.
Crime
Raquel Cattani, de 26 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, na manhã de 19 de julho. O corpo apresentava inúmeras lesões causadas por arma branca.
Na investigação sobre o crime, que envolveu o trabalho das Delegacias Regional, Municipal e a Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum, foram entrevistadas ou interrogadas 150 pessoas, no período de seis dias de diligências.
Os policiais ouviram familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima.
A investigação, coordenada pelos delegados Edmundo Félix e Guilherme Pompeo, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.
Na tentativa de ludibriar a Polícia Civil, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e até ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.
Porém, no decorrer das investigações, as equipes policiais reuniram evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal: Romero, mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão Rodrigo, o executor do crime que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial.
Fonte: GazetaDigital