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Com golaços, Verdão vence Fiorentina e dá razão para festa no Pacaembu

Mesmo com titulares poupados, o Palmeiras preparou uma festa, transformando o jogocontra a Fiorentina no Pacaembu em importante e raro evento para celebração do centenário, com mais de 20 mil pagantes em fria noite. Em campo, o time, enfim, deu motivos de alegria. Vestindo azul e com o escudo do Palestra Itália em dourado no peito, a equipe marcou golaços para vencer por 2 a 1 nesta quarta-feira.

time italiano pressionou e perdeu chances incríveis, até acertando a trave no segundo tempo, mas não teve a eficiência de Victor Luis e Leandro, que marcaram belos gols aos 13 e aos 35 minutos da etapa inicial, respectivamente. Após o intervalo, os visitantes colocaram alguns de seus principais jogadores em campo e Rossi descontou, aos 27, mas não conseguiu empatar.

A vitória rendeu o troféu Julinho Botelho, homenagem ao ex-atacante e ídolo de Palmeiras e Fiorentina, e mais paz ao Verdão, que está a três pontos da zona de rebaixamento no Brasileiro e joga às 16 horas (de Brasília) no domingo pela competição, no Pacaembu, diante do Bahia.

O confronto desta noite também era válido pela Copa Euroamericana, que promove uma disputa entre Europa e América com clubes dos dois continentes. Graças ao triunfo brasileiro no Pacaembu, o duelo está empatado em 4 a 4 e será definido no sábado, quando a Fiorentina enfrenta o Universitario no Peru.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

A vitória sobre a Fiorentina garantiu ao Palmeiras o troféu Julinho Botelho, ídolo dos dois times em campo

O jogo – Ricardo Gareca preferiu nem trazer Wendel, Tobio, Renato, Felipe Menezes, Mouche e Henrique para a partida e armou o time no 4-2-3-1, com Josimar e Wesley como volante, Allione estreando no corredor pela direita na linha que tinha Mendieta centralizado e Leandro pela esquerda, com Érik mais à frente, mas se mexendo para ajudar na dinâmica da equipe.

 

Mas tudo isso pouco virou prática nos primeiros minutos. A Fioretina, em pré-temporada, já não colocou o centroavante Mario Gomez nem no banco, deixou o colombiano Cuadrado de férias e teve alguns de seus principais nomes na reserva. Mas os 11 escolhidos foram suficiente para acuar o Verdão e tocar a bola como quisesse no campo de ataque

A troca de passes era fácil, principalmente explorando o setor que Weldinho deveria proteger, já que Victor Luis cumpria bem sua função defensiva pela esquerda. Pela direita da defesa alviverde, os italianos perderam um gol de forma inacreditável aos 11 minutos, quando Ilicic recebeu de calcanhar dentro da área e deixou Babacar com as redes praticamente vazias à frente, e o senegalês conseguiu errar.

O Verdão, jogando de azul, atacava bem menos, mas mostrou mais eficiência. O toque de bola que Allione tentou implementar deu certo em inversão do argentino para Victor Luis, com liberdade na intermediária, dominar e bater com precisão no canto esquerdo do goleiro brasileiro Neto, abrindo o placar em belo gol aos 13.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Com contrato renovado, o lateral Victor Luís abriu o placar para o Palmeiras com um golaço de fora da área

O clube de Florença continuou no ataque, mas o gol de Victor Luis encheu os anfitriões de confiança. O Palmeiras tinha sempre mais de um jogador para dificultar a vida de qualquer adversário que ultrapassasse o meio-campo e conseguiu ter a bola por mais tempo para se posicionar como pedia Gareca.

 

O Verdão aparecia mais na grande área e levantava a torcida com qualquer lance de efeito. Wesley se aproveitava, gingando, trocando a bola de um pé para outro e, enfim, recebendo aplausos por uma atuação. Para ampliar o placar, bastava um contra-ataque eficiente, e veio em jogada individual de quem menos se esperava.

Aos 35 minutos, Leandro, que pouco tem se mexido e tem recebido vaias sempre que pega na bola, rebateu as críticas com qualidade. Partiu do meio-campo passando por quem estivesse à frente, e chegou à frente do goleiro para marcar um golaço, batendo na saída de Neto para balançar as redes. Pareceu nem comemorar.

O Palmeiras, pela primeira vez sob o comando de Gareca, foi para o intervalo sorrindo. E voltou melhor. Com 2 a 0 e confiança, os comandados do argentino iniciaram o segundo tempo dificultando a saída de bola italiana, parecendo disposto a definir uma vitória que injeta tranquilidade no time que está a três pontos da zona de rebaixamento do Brasileiro.

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Autor do segundo gol, o atacante Leandro, que não vive bom momento, teve uma comemoração tímida

Logo aos três minutos, Josimar, que continuou fazendo a torcida sofrer com erros bisonhos para dominar e tocar a bola, chutou com perigo e forçou Neto a espalmar para escanteio. A Fiorentina, então, passou a tirar alguns de seus principais atletas do banco, como Vargas, Rossi e Pizarro. O Verdão, por sua vez, trocou Mendieta e Érik por Patrick Vieira e Bernardo.

 

Mas foi Rossi quem deu esperança aos italianos. Um minuto após entrar em campo, o meio-campista lançou para Pasqual entrar na grande área e acertar a trave de Fábio, acordando o Palmeiras para a possibilidade de perder um amistoso que serviria para gerar tranquilidade.

Tocando a bola com qualidade, a Fioretina voltou a habitar quase que permanentemente o campo do Verdão, que só foi responder com perigo em finalização de fora da área de Bernardo que Neto mostrou qualidade para rebater, aos 20. Mas era pouco para um time que voltou a errar bastante, como os europeus desejavam.

Mazinho e Léo Cunha já estavam no lugar de Wesley e Allione quando Babacar arrancou pelo meio e tocou para Rossi mostrar qualidade, desviando a bola do corpo de Fábio e descontando para a Fiorentina, aos 27 minutos do segundo tempo. A festa palmeirense sofria um real perigo.

Mais preocupado em testar seus jogadores, Gareca promoveu a estreia de Victorino, zagueiro uruguaio que sofre com lesões e não entrava em campo desde setembro de 2012. Torcedores gritavam “aleluia”, e logo perceberam que precisavam da qualidade do defensor para segurar os visitantes. Com todos os seus jogadores atrás do meio-campo, o Palmeiras segurou uma vitória que não vale pontos, mas pode significar paz.

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