O poder, o povo e os políticos

O Poder cada vez mais demonstra com o passar do tempo que é mais atraente e irresistível  aos olhos dos políticos do que uma linda mulher. Ao encanto de uma linda mulher os políticos ate conseguem resistir, porém, a atração pelo poder, eles jamais se libertam.

Uma prova disto é observada em velhos e doentes políticos que sacrificam suas saúde e não se separam do poder, e quando por algum motivo ficam afastados, tentam recuperar o cargo a qualquer custo. Para os políticos, o poder não tem preço, e sua conquista ou  manutenção é uma questão de sobrevivência.

 

Para os políticos a luta pela conquista ou conservação do poder é revestida de todo empenho e dedicação possíveis. Muitos, não medem limites e esforços para se manterem no poder,  não se importando se para isto seja preciso infligir a lei, ou expor ate mesmo a vida  de familiares.

 

Os exemplos de obsessão pelo poder se multiplicam, cada vez mais. A sua busca incansável pelo político está em todas as esferas de governo, do município à presidência da república.

 

Em Cuba, na década de 1950, o mundo assistiu a uma revolução que, em nome do povo e de uma sociedade mais justa, criou um regime ditatorial e, ao mesmo tempo uma dinastia, que sobrevive até hoje. Passados mais de cinquenta anos mesmo com o fracasso do proposito da revolução, a família Castro governa a Ilha com mãos de ferro, ela não foi capaz de institucionalizar a alternância do poder, para entregá-lo a gerações mais novas que pudessem mudar a situação sócio-econômica em que  o pais se encontra, atualmente.

 

Infelizmente, a  maioria dos políticos se mostra por excelência, mentirosos e hipócritas. Eles se tornaram um mal necessário, quando deveriam ser um bem  ao povo e à democracia. Suas atuações em nosso país deixa cada vez mais a desejar, porque  suas lutas políticas são de forma repetitiva e  em benefício próprio.

 

Em todos os estados e em todas as cidades é assim. O que a maioria dos políticos deseja mesmo, é assumir o poder e governar, mandar e usufruir das mordomias e vantagens que os cargos públicos oferecem. E, quando um ou outro político destaca-se pelo comportamento sério e pela atuação em favor do povo, é preciso conhecê-lo e preservá-lo, porque se trata de uma  pessoa rara.

 

Se levarmos esses comentários à política de Barra do Bugres, é possível perceber que a atual mobilização da  política local visa apenas  a manutenção pura e simples do poder. Subdividida em grupos ou facções políticas cada grupo busca a seu modo convencer o povo de que é a melhor opção para o município ou de que possui o melhor candidato.

A união das forças políticas propalada e desejada por alguns incautos, não tem como acontecer. Cada uma dessas forças  deseja  a mesma coisa, ou seja o poder exclusivamente para si. E certamente, não pretende abdicar dessa pretensão, para entregá-lo a outro grupo político, principalmente sabendo que o parceiro de hoje  poderá ser o inimigo político de amanhã.

 

A política para o candidato é dinâmica, viva e pulsa como o coração. Ou ele participa dela como político ativo ou está condenado ao esquecimento pelo povo.

Em política, a  história nos mostra, que não há espaço no poder para o político honesto e nem sobrevida para o grupo político que sai do grupo que domina. O político vencido acaba sendo absolvido pelo grupo vencedor. É a lei da selva aplicada, onde só os fortes sobrevivem. O pior disto tudo é que este comportamento na cabeça dos políticos, é para o bem do povo.

 

 

Eder Bevilaqua