Vice de Riva afirma que não deseja assumir secretaria, caso seja eleito
Embora considere competente e dinâmica a atuação do atual vice-governador Chico Daltro (PSD), o candidato a vice na coligação Viva Mato Grosso, Aray Fonseca (PSD), adianta que, se eleito, não quer assumir secretarias como seu correligionário.
Médico, ele terá atuação voltada para a saúde, assistência a dependentes químicos e segurança pública, mas descarta a possibilidade de assumir a pasta para evitar constrangimentos com José Riva, candidato ao Governo e de quem é amigo há 15 anos.
“A secretaria estadual de Saúde é complexa e pode ter problemas a qualquer momento. Quero deixar Riva livre para fazer qualquer troca à medida que for necessário. Acho que pode constranger ele ter que tirar um vice-governador. E na Saúde pode colocar o melhor secretário do mundo, técnico, mas isso não impede de ter um problema”, avalia.
Para ele, Daltro conseguiu dar sua contribuição ao governo Silval Barbosa (PMDB) por meio de sua atuação como secretário estadual de Cidades, assim como na responsabilidade de autarquias, entre elas a polêmica Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado (Ager). No seu mandato, Chico Daltro propôs lei que lhe dava “super poderes” ao vincular à vice-governadoria várias autarquias. À época, o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) tentou barrar a medida, chegando a afirmar que Mato Grosso tinha dois governadores.
Quanto a isso, Aray comenta que ambos os gestores são responsáveis pelo Executivo, uma vez que os vínculos de determinadas pastas ao vice-governador servem para dividir as tarefas. Mas, conforme pontua, a responsabilidade de todos os órgãos é do chefe do Palácio Paiaguás.
“Todo governo tem sua característica e isso pode ser mantido ou pode ser revisto de acordo com o nosso plano de trabalho. Minha intenção é contribuir e somar”, destaca.
Além da Ager, a vice-governadoria responde pelo Centro de Processamento de Dados (Cepromat), MT Fomento, Defesa Civil e Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
Aray Fonseca garante que não quer assumir nenhuma secretaria caso eleito
Os imbróglios, no entanto, estão concentrados na Ager devido aos processos licitatórios travados por conta de demandas judiciais. Liminares suspendem diversos procedimentos que visam a reorganização do transporte intermunicipal, prejudicando a população.
Neste sentido, Aray acredita que é necessária a revisão de todos os processos e um novo planejamento logístico. “O que nós queremos é destravar o Governo, fazer com que ande, que as empresas deem condições aos trabalhadores e aos usuários do sistema de transporte. Se precisar, Riva tomará as providências necessárias”.
Destaca, ainda, que o Estado precisa é de bons técnicos para cada segmento. “Nosso governo será técnico e não político. Queremos escolher os melhores secretários e presidentes e dar condições para essas pessoas trabalharem. Não centralizar as ações e o poder porque sabemos que isso trava o Estado. Queremos um governo diferente e que faça história”, conclui.
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