Arenápolis: advogado executado estaria em uma lista de 17 pessoas marcadas para morrer
Um homem de pulso forte, destemido, que andava de peito aperto, mesmo convivendo com pessoas de passados e presentes nebulosos.
Não era bandido, mas também não era “santo”. Uma morte cercada de mistério e revolta por todos os lados para serem decifrados por uma Polícia, cuja média de prisões de assassinos é simplesmente zero.
Como advogado, a vítima fazia o que manda a Lei, mas seus últimos dias de vida foram marcados por uma ameaça sem tempo de falar o que estava acontecendo, quem o estava ameaçando, pois ele morreu procurando ajuda.
Atenção autoridades de Mato Grosso: existe uma lista de 17 pessoas marcadas para morrer na cidade de Arenápolis (Médio Norte a 200 quilômetros da Capital). Um carro preto seria a primeira pista para desvendar não apenas um, mas uma série de assassinatos e atentados à bala.
O advogado e fazendeiro Alider Gonçalves de Oliveira, de 67 anos, foi executado covardemente na porta da casa dele com seis tiros, possivelmente disparados de uma pistola calibre 380.
A morte de Alider estaria marcada em uma lista com outras 17 futuras vítimas, pelo menos quatro delas, segundo um policial, “já passaram” e outras duas foram baleadas, mas escaparam da morte, possivelmente pela arma do mesmo pistoleiro (assassino pago para matar), a mando de poderosos, mas covardes.
Antes de morrer Alider teria procurado a Polícia de Arenápolis por três vezes na tarde do ultimo sábado (16), mas ao voltar para a casa dele, na Avenida Getúlio Vargas, próximo à sede da Maçonaria, no centro daquela cidade antes das 18 horas, foi surpreendido pelos tiros.
“O doutor Alider estava em uma moto e foi três vezes procurar ajuda na Delegacia de Polícia, Mas nas três ocasiões ele encontrou a delegacia fechada.”
Com certeza ele estava em busca de ajuda, ou para contar que estava sendo ameaçado de morte, ou justamente porque estava sendo seguido e perseguido. Ele morreu sem falar com uma autoridade que poderia ajuda-lo.
Isso é um absurdo”, disparou um morador local que pediu para não ser identificado. O que mais chamou a atenção da reportagem durante uma visita rápida e secreta a Arenápolis foi a frieza com que as pessoas falam sobre o brutal e covarde crime e da distância da Polícia em relação às investigações, ainda na estaca zero.
As pessoas também falam muito em um carro preto que além de estar presente na morte do advogado Alider, também estaria por trás de outras mortes, todas na base da emboscada, como agem todos os pistoleiros covardes e seus mandantes assassinos.
Mas quem seriam as pessoas suspeitas de matar ou mandar matar o advogado. Quase uma semana depois, e a Polícia ainda não tem, sequer uma pista do matador, ou matadores.
Como a Polícia também não sabe, tanto os motivos, quanto quem são os suspeitos dos outros assassinatos e dos outros atentados.
Mas as pessoas, tanto a comunidade de Arenápolis, quanto os parentes e amigos de Alider querem saber que está por trás de tanta barbaridade contra o advogado.
As pessoas também pedem explicações para a morte de um homem conhecido como “Ratão”, executado 30 dias atrás, Que explicações da execução da empresária conhecida como dona Antônia, que teria denunciado licitações irregulares na Prefeitura, e do atentado à bala contra o conhecido Joareszinho.
A reportagem conversou com algumas pessoas que forneceram uma lista com nomes de pessoas que podem ser incluídas como suspeitas, ou até mesmo como as principais suspeitas do envolvimento na morte do advogado Alider.
Morte que também pode ter ligações com outras mortes e com outros atentados em Arenápolis nos últimos tempos.
FONTE: 24 Horas News