Seca faz crescer o número de poços artesianos no Estado de São Paulo
No ano passado, o Departamento de Água e Energia (DAEE) autorizou a abertura de 25.556 mil poços artesianos no Estado de São Paulo. O número é 25% maior que o registrado em 2012, quando foram concedidas 20.362 autorizações para perfuração de poços no Estado. Em São Paulo, a lei que estabelece a política estadual de aproveitamento dos recursos hídricos entrou em vigor em 1992 e, desde então, 78.429 poços foram colocados em operação.
Estes números, contudo, ainda podem ser maiores, em especial diante de situações de estiagem como a registradas recentemente no Centro-Sul do País. No Estado, é o DAEE é quem responde pela fiscalização, mas, segundo Fábio Buonavita, conselheiro ambiental, não há impedimento para quem queira perfurar um poço no fundo do seu quintal. Considerados alternativas para abastecimento de água em industrias, residências e condomínios, os poços também são afetados pelos longos períodos de estiagem. “O processo é mais longo, porém em um determinado momento eles também tem a capacidade de nível comprometida com a falta de chuva”, esclarece Buonavita.
Segundo o DAEE, é importante que o local demandado e a procedência da água sejam analisados. Ela pode não ser adequada ao consumo humano e, mesmo que utilizada para fins mais simples, como molhar as plantas, por exemplo, é preciso que passe pelas mãos de técnicos.