Acidente de avião com time da Chapecoense mata 76 na Colômbia
A tragédia aérea com a equipe da Chapecoense pode se transformar numa nova crise de governo.
O motivo: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) impediu que a equipe fretasse um voo de uma empresa aérea venezuelana, obrigando que a equipe voasse com uma empresa do Brasil ou da Colômbia.
Os motivos para o veto à empresa venezuelana, que fez com que a equipe improvisasse uma solução de emergência, ainda não foram esclarecidos.
Dos 81 passageiros, 75 morreram e apenas seis sobreviveram.
Presidente da Fifa lamenta tragédia: “dia muito triste para o futebol”
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se manifestou via Twitter da entidade sobre o acidente com o avião que transportava os jogadores da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana na Colômbia. Infantino chamou a tragédia de chocante e disse que a terça-feira é um dia muito triste para o futebol.
“É um dia muito triste para o futebol. Lamentamos profundamente a queda do avião na Colômbia, uma tragédia chocante. Neste momento difícil, nossos pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e amigos. Nossos sinceros pêsames aos torcedores, à comunidade do futebol e aos meios de comunicação brasileiros envolvidos tragédia”, escreveu.
Segundo autoridades colombianas, 76 pessoas morreram no acidente aéreo na cidade de La Unión, próximo a Medellín. Entre os sobreviventes estão três jogadores da Chapecoense: o lateral esquerdo Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o goleiro Follmann. As buscas já foram encerradas e ainda não há confirmação oficial do nome das vítimas.
Chapecoense teve ascensão rápida, e foi da série D para a A em 5 anos
A Chapecoense é um raro exemplo de sucesso no futebol brasileiro dentro e fora do campo. Parte da equipe estava num avião que caiu na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia. Autoridades colombianas informam que ao menos 75 pessoas, entre a delegação do time e jornalistas brasileiros, morreram na queda.
O Furacão do Oeste catarinense pegou a experiência de sucesso dos empresários locais (da indústria de carne) para subir a cada ano no mundo da bola.
Ao contrário dos grandes clubes brasileiros, a Chapecoense tem um orçamento enxuto, executivos de sucesso na iniciativa privada no comando e jogadores desconhecidos ganhando salários “realistas”.
A fórmula deu certo novamente neste ano. O time da cidade de apenas 200 mil habitantes ganhou o campeonato catarinense, está em nono lugar no Brasileiro e chegou na final do torneio continental.
Desde 2008, quando os executivos locais decidiram investir no futebol, a Chapecoense teve uma ascensão rápida. A equipe pulou da Série D para a A em cinco anos.
Desde 2014, o time está na elite do futebol nacional.
No início do ano, quando fui fazer uma reportagem sobre a experiência de sucesso do agronegócio no futebol, os dirigentes me contaram que o orçamento para 2016 seria de cerca de R$ 45 milhões (quase dez vezes menor que o do Flamengo, que pretende gastar R$ 400 milhões em 2016).
“”O nosso modelo evita depender dos cofres públicos. Acreditamos que a prefeitura não precisa investir no futebol, mas na educação e na saúde da população”, acrescentou Maninho, que por pouco não embarcou no avião. Ele ficou em São Paulo.
Queda de avião da Chapecoense se torna um dos principais assuntos no mundo
O acidente com o avião que levava o time da Chapecoense, deixando 75 mortos, se tornou uma das principais notícias da imprensa mundial e um dos temas mais comentados na internet em todo o planeta na manhã desta terça-feira (29).O assunto foi manchete de alguns dos sites de jornalismo mais importantes do mundo, como o jornal britânico ”The Guardian”, o espanhol ”El País” e a rede de TV dos EUA CNN.Logo no início da manhã, a tragédia era o 4º assunto mais popular nos Estados Unidos, segundo o Google Trends, com grande aumento de buscas, o que deve tornar o tema ainda mais relevante ao longo de todo o dia. O tema aparecia na lista de dez principais assuntos do dia em quase todos os países.O acidente também dominou a lista de assuntos mais lidos na Colômbia, onde o avião caiu, e em outros países da América Latina, que acompanham de forma mais próxima temas relacionados à Copa Sul-Americana.Um dos destaques da cobertura internacional era a apresentação do clube catarinense, ainda pouco conhecido no resto do mundo. O tom adotado geralmente era de que o time era jovem e vivia uma temporada de ”conto de fadas” com o avanço na Copa Sul-Americana.”Um clube humilde em sua primeira final internacional”, diz o espanhol ”El País”.Portais de notícias brasileiros como o ”Globoesporte.com” e a revista ”Veja” estão desde cedo reunindo relatos sobre o caso na mídia do resto do mundo. Entre as principais reações internacionais, vários clubes de futebol, como Barcelona e Real Madrid prestaram homenagens aos jogadores mortos.Pouco depois das 8h da manhã, seis dos dez principais assuntos em destaque no Twitter mundial eram relacionados à tragédia. Os dois primeiros, mais evidentes, eram #ForçaChape e #Chapecoense, ambos com muitos comentários em outros idiomas, não apenas em português.Além dos comentários tratando do clube, apareciam entre os principais temas o nome de vítimas do acidente, como Mário Sérgio, Cléber Santana e Caio Júnior.
Autoridades colombianas disseram hoje (29) que, entre os 76 mortos do acidente aéreo com o avião da Chapecoense, há 21 jornalistas e representantes da imprensa e nove tripulantes, além dos jogadores e dirigentes esportivos. As equipes de impresa são das emissoras Fox e Globo, além de canais de rádio. As informações são da agência de notícias Ansa.
Ao menos 22 jogadores da Chapecoense estavam no avião que caiu na noite de ontem no município de La Ceja, perto de Medellín, onde a equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana.
Dos atletas, sobreviveram apenas os goleiros Danilo e Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel. Todo o restante morreu na tragédia.
As vítimas do elenco são os laterais Giménez, Dener e Caramelo; os zagueiros Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os meio-campistas Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
Alguns atletas não embarcaram com a delegação, como Neném, Hyoran, Martinucico, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson, que não vinham sendo usados pelo técnico Caio Júnior, que também faleceu. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de convidados do clube, mas não viajou.
Entre os 72 passageiros, além dos 22 jogadores, havia 18 membros da comissão técnica, oito da diretoria, três convidados, incluindo o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, e 21 representantes da imprensa, inclusive o ex-jogador e ex-técnico Mário Sérgio, comentarista dos canais Fox Sports.
Confira a lista de passageiros do voo:
Atletas:
1. Danilo
2. Gimenez
3. Bruno Rangel
4. Marcelo
5. Lucas Gomes
6. Sergio Manoel
7. Felipe Machado
8. Matheus Biteco
9. Cleber Santana
10. Alan Ruschel
11. William Thiego
12. Tiaguinho
13. Neto
14. Josimar
15. Dener
16. Gil
17. Ananias
18. Kempes
19. Follmann
20. Arthur Maia
21. Mateus Caramelo
22. Aílton Canela
Comissão técnica:
22. Caio Júnior
23. Duca
24. Pipe Grohs
25. Anderson Paixão
26. Anderson Martins
27. Dr. Marcio
28. Gobbato
29. Cocada
30. Serginho
31. Serginho
32. Adriano
33. Cleberson Silva
34. Maurinho
35. Cadu
36. Chinho di Domenico
37. Sandro Pallaoro
38. Cezinha
39. Giba
Diretoria:
40. Plínio D. de Nes Filho
41. Nilson Folle Júnior
42. Decio Burtet Filho
43. Edir de Marco
44. Ricardo Porto
45. Mauro dal Bello
46. Jandir Bordignon
47. Dávi Barela Dávi
Convidados:
48. Delfim Peixoto Filho
49. Luciano Buligon
50. Gelson Meisão
Imprensa:
51. Victorino Chermont
52. Rodrigo Gonçalves
53. Devair Paschoalon
54. Lilacio Júnior
55. Paulo Clement
56. Mario Sergio Paiva
57. Guilher Marques
58. Ari Júnior
59. Guilherme Laars
60. Giovane Klein
61. Bruno Silva
62. Djalma Neto
63. Adré Podiacki
64. Laion Espindula
65. Rafael Henzel
66. Renan Agnolin
67. Fernando Schardong
68. Edson Ebeliny
69. Gelson Galiotto
70. Douglas Dorneles
71. Jacir Biavatti
Da Agência Brasil