Política

Advogado de Riva afirma que Ministério Público não consegue provar desvio de R$ 62 milhões na AL

ooO advogado Rodrigo Mudrovitsch, responsável pela assessoria jurídico do ex-deputado estadual José Geraldo Riva, afirmou, durante audiência de instrução realizada nesta quarta-feira (22), que Ministério Público de Mato Grosso vem demonstrando total incapacidade em sustentar sua denúncia sobre o suposto desvio de R$ 62 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, por meio de empresas de “fachada”.

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“Eu acho que está havendo, na verdade, uma dificuldade do Ministério Público em provar suas alegações. O dia de hoje serviu para verificar que as testemunhas que vieram em nada contribuíram para os fatos. O Ministério Público não conseguiu comprovar que houve desvio, não conseguiu provar que os materiais não foram entregues, não conseguiu provar que o Deputado José Riva teve envolvimento nos fatos. Ou seja, nada do que foi dito na inicial foi provado hoje”, afirmou o advogado.

Em apenas um ano, segundo o MP, empresas de papelaria venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa, apesar de a casa de Leis contar à época com apenas 150 impressoras. José Geraldo Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Além dele, sua esposa, Janete Riva – que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis – foi denunciada juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e empresários. A fraude se deu no período de 2005 a 2009.

“O que eu percebo é uma grande dificuldade do Ministério Público de comprovar o que sustentou, isso ficou muito claro para mim hoje”, complementou Mudrovitsch. Foram ouvidos, neste primeiro, dia as testemunhas Tatiana Laura da Silva, Aurea Maria de Alvarenga, Edna Aparecida e o delator na operação Ararath, Gercio Marcelino Mendonça Junior.

Riva foi preso no dia 21 de fevereiro em sua residência, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. A ação foi batizada com ‘Imperador’ e, conforme a denúncia do MPE, José Geraldo Riva responderá pelos crimes de formação de quadrilha e 26 peculatos, em concurso material. As falsas aquisições envolvendo cinco empresas papelarias de “fachada”.

As audiências seguem até o próximo dia 28 de abril. Entre os mais de 30 nomes arrolados, serão ouvidos, ainda, o ex-governador Silval Barbosa, o deputado estadual Mauro Luiz Savi, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ricardo e o deputado Romoaldo Junior.

Fonte: Olhardireto

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