Política

AL encaminha a Câmara pedido de Pacto Federativo e reforma das leis

Quatro resoluções foram publicadas no Diário Oficial do Estado

alA Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso publicou quatro resoluções no Diário Oficial do Estado (DOE) oficializando a Câmara dos Deputados a aprovação de quatro PECs (Propostas de Emendas Constitucionais). Uma delas é a defesa de alterações na composição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Atualmente, o governo federal concentra 60% dos impostos arrecadados enquanto os Estados ficam com 25% e os municípios com atribuições crescentes como a obrigatoriedade de honrar o piso salarial dos professores da rede básica de ensino concentram somente 15% do arrecadado. Com a recessão da economia brasileira que começa em 2016 e tem a perspectiva de ser encerrada somente daqui a três anos, os municípios tendem a enfrentar mais dificuldades.

Isso porque o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) é composto em 22,5% pelo IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) que é arrecadado com a venda de automóveis em concessionárias e a linha branca de eletrodomésticos, cujas ambas as vendas estão em queda no mercado. Com a arrecadação em queda, a AMM (Associação Mato Grossense dos Municípios) já alertou que mais da metade dos 141 municípios mato-grossense terão dificuldades de honrar pagamentos de salários e obrigações como a reposição inflacionária no salário dos servidores públicos, o que corresponde a um reajuste de 10,67%.

A proposta defendida é que O FPE, por exemplo, aumente de 21,5% para 31,5%. Já o FPM de 22,5% para 32,5%. A ideia é que as alterações sejam implementadas no período de 10 anos permitindo a readequação na programação orçamentária por parte da União.

A ideia de um novo pacto federativo é liderada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina que pretende unir o apoio de 14 Assembleias Legislativas para que a mesma proposta seja votada e aprovada para ser apresentada no Congresso Nacional para apreciação de senadores e deputados federais. A segunda trata de alterar os artigos 22 e 24 da Constituição Federal para ampliar as atribuições dos Estados e o Distrito Federal em relação a capacidade de legislar.

Pela proposta, os parlamentares estaduais poderiam legislar em questões indígenas, competência da Polícia Federal e das Polícias Rodoviárias e Ferroviárias Federais e até mesmo promover mudanças em textos dos códigos civil, penal, processual, eleitoral, marítimo, aeronáutico, especial e do trabalho. A terceira resolução trata do apoio para que seja acrescentada a Constituição Federal a previsão de que projetos de iniciativa popular possam apresentar ao Congresso Nacional Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

A quarta PEC apresentada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso a Câmara dos Deputados é que seja feita alterações nos artigos 166 e 198 da Constituição Federal, o que levaria a União destinar, no mínimo, 10% da sua receita corrente bruta às ações e serviços públicos de saúde, excluindo as emendas parlamentares que são acrescidas ao orçamento do governo federal.

FolhaMax

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