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Alagoano de 14 anos cria aplicativo e fatura cerca de R$ 100 mil por mês

Aplicativo agiliza a compra de material escolar sem precisar sair de casa.
Startup tem quase três mil clientes cadastrados só em Alagoas.

alagoanoTem gente que começa a ganhar dinheiro bem antes de entrar na universidade. É o caso do David Braga, de 14 anos, que inventou um aplicativo para vender material escolar na internet.

David faz as mesmas coisas que muitas crianças e adolescentes: divide o tempo entre o lazer e os estudos. A diferença é que ele também trabalha. O garoto é um empreendedor precoce, e a criação dele fatura R$ 100 mil por mês.

O adolescente criou um aplicativo que agiliza a compra de material escolar sem precisar ir à livraria. Basta preencher os campos com o nome do colégio e a série do aluno que todos os itens aparecem assinalados.

“É muito simples: é uma lógica invertida de e-commerce (comércio eletrônico), onde as pessoas entram lá e vai estar tudo selecionado. Por isso, a lógica invertida. Então o que ela já tem, apenas ‘desseleciona'”, diz o empreendedor David Braga.

A compra do material leva menos de cinco minutos. A startup tem quase três mil clientes cadastrados só em Alagoas.

“Na hora de comprar um material escolar, dá um certo estresse, né? E ele fez uma coisa muito bem-feita, com opção de escolha de capa de caderno, de tipo de borracha. Então achei muito interessante e que vale muito a pena”, afirma a empresária Carla Simões.

O dinheiro é rigorosamente controlado pelos pais, e a renda é quase toda revertida para investimentos futuros.

“O plano é todo para reinvestir no próprio negócio dele e no material de trabalho que ele investe”, disse a mãe do adolescente, a empresária Cristiana Peixoto Braga.

Um especialista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae) dá dicas de como os pais devem agir quando percebem a vocação dos filhos para o empreendedorismo.

“Transformar essa ideia de negócio em um modelo de negócio e em um plano de negócio com orientação técnica e empresarial. Mas mais uma vez investindo nas relações humanas dentro da família. Explorar a ideia de negócio, e não a criança como um negócio”, aconselha o especialista em empreendedorismo, Marcos Alencar.

“Eu brinco, eu bagunço, eu paquero, namoro, faço de tudo que um adolescente e uma criança normal faz. E ainda dá tempo para empreender. Você vai falhar várias vezes, mas não desista, você consegue”, finaliza David Braga.

G1-AL

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