Após oito anos de relacionamento, homem manda matar amante com ajuda da esposa; seis estão presos
A Polícia Judiciária Civil (PJC) prendeu temporariamente, nesta terça-feira (27), seis pessoas envolvidas no homicídio da técnica de enfermagem Telma de Siqueira Pacheco. O amante da vítima, Lafayete Oliveira Rocha e a mulher dele, Ivone de Carvalho Oliveira Rocha, foram apontados como mandantes do crime. A operação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) foi denominada ‘Poligamos’.
“Havia suspeitas desde o principio da autoria. Identificamos os executores durante as nossas investigações. A prisão temporária não significa que as pessoas que estão presas tenham participação no crime. Cada uma está sendo investigada. Há indícios suficientes para determinar quem executou e quem encomendou o homicídio. O principal é o Lafayete”, disse a delegada titular da DHPP, Anaíde Barros.
Os acusados Washington Rangel da Silva e Jackson Prudencio de Arruda foram os executores do crime, sendo que o último já responde por outro homicídio. Os suspeitos Márcio Aparecido de Carvalho, o “Japa” e Jennifer Silva Oliveira tiveram o mandado de prisão por serem investigados por participação na ação. Um terceiro suspeito, Gonçalo Siqueira Pontes continua foragido.
Após o crime, o casal – que seria o mandante do crime – fugiu para a cidade de Mirassol D’Oeste. O crime é considerado de alta complexidade já que envolve mandantes, executores, intermediários e partícipes. Apenas uma pessoa não teve o mandado de prisão temporária cumprido e está foragida.
“Desde o início verificamos que a vítima era amante do Lafayete. O romance dos dois era de quase oito anos e era publico. Só em dezembro de 2014 que a mulher tomou conhecimento do caso entre os dois”, disse o delegado Antonio Carlos de Araújo, que é responsável pelas investigações do caso.
A mulher de Lafayete só descobriu o relacionamento dos dois em dezembro de 2014, através do Facebook. Depois disto, ela começou a ameaçar a mulher de morte. Em janeiro, Telma sofreu um atentado. Ela foi perseguida e atropelada por um carro. A intenção era assustá-la e afastá-la do marido de Ivone.
“Pela nossa experiência, acreditamos que a intenção não era de matar a enfermeira. Os criminosos chegaram na residência ainda sem certeza de que ela morava por lá. Perguntaram ao filho se a casa estava a venda, depois chamaram a Telma e dispararam apenas uma vez. O tiro atingiu o tórax. Se fosse pistolagem, seriam feitos vários disparos. Eles queriam assustar e terminou nisto”, explicou o delegado.
O caso
O crime aconteceu no dia 21 de junho, em frente a casa da vítima, no bairro Getúlio Vargas, na Capital. Na ocasião, dois homens em uma motocicleta vermelha, pararam em frente a residência e atendidos pelo filho da vítima, disseram que queriam ver a casa pois estavam interessados em comprá-la. O jovem disse que a casa não estava a venda e um dos suspeitos pediu para que chamasse a Telma. Quando a vítima saiu da casa foi atingida com um disparo de arma de fogo efetuado pelos suspeitos.
A técnica em enfermagem entrou na casa e pediu para que os filhos chamassem o socorro. Logo em seguida, o seu amante, Lafayete chegou e mesmo sendo apontado pelos filhos da vítima como culpado da ação criminosa, chegou a levá-la para o Pronto Socorro de Cuiabá. No dia seguinte ao crime (22), sem dar maiores explicações, o acusado avisou no serviço que não trabalharia naquela semana e que apresentaria atestado médico.
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