Após reunião, Savi decide permanecer no PR
Após meses sob a ameaça de se desfiliar da legenda, o deputado estadual Mauro Savi optou por permanecer no PR. A decisão foi tomada após a reunião entre a bancada do partido na Assembleia Legislativa e o presidente do diretório estadual, o senador Wellington Fagundes, enfim acontecer.
No encontro, Savi impôs uma série de condições, como a de ter respeitada a proporcionalidade dos votos de cada um dos parlamentares no momento da organização dos diretórios municipais da legenda. O republicano terá o direito de indicar os presidentes nas cidades em que foi mais votado.
O parlamentar revela, no entanto, que também pesou para sua decisão o fato de a fusão entre o DEM e o PTB não ter prosperado. A medida abriria uma janela para que ele deixasse o PR sem correr riscos de perder o cargo na Assembleia sob a acusação de infidelidade partidária.
A fusão entre o PPS e o PSB não é vista como opção por Savi. “Eu não tenho como chegar, por exemplo, em Vila Bela, onde eu briguei com o PPS e dizer que vou deixar todo o meu grupo para ir com o pessoal que me bateu durante três mandatos. Eu penso nas minhas bases”, explica.
Quanto aos motivos que o levaram a querer deixar o PR, o deputado afirma que ainda estão “na garganta e eu falei isso na reunião”. Segundo Savi, um ponto final só deve ser colocado sobre o assunto quando forem iniciadas as discussões para a eleição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Savi se indispôs com o partido porque a bancada, a maior do Parlamento, com cinco deputados, não ficou unida quanto a seu projeto de candidatura à presidência. Na época, Emanuel Pinheiro também chegou a pleitear o cargo e Ondanir Bortolini, o Nininho, acabou eleito primeiro-secretário na chapa encabeçada por Guilherme Maluf (PSDB).
“Eu respeito as posições, mas acho que a discussão tinha que ser feita dentro do partido, porque é tua casa. Votei na Mesa Diretora, mas não gostei da maneira como foi feita a construção. Eles [cúpula do PR] entenderam isso. Espero que a nova construção, daqui a um ano e meio, se houver, seja feita dentro do partido”, ponderou.
FolhaMax