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Arcanjo é acusado de ameaçar concorrentes e pode voltar a prisão

Ex-comendador pode perder a progressão de regime caso seja comprovado que voltou a praticar crimes

Audiência de Justificação foi marcada pela 2ª Vara Criminal de Cuiabá para ouvir João Arcanjo Ribeiro após denúncia que aponta que ele voltou a comandar o jogo do bicho ao sair da prisão. Na denúncia anônima, feita à Justiça no dia 27 de junho, consta que Arcanjo passou a atuar intensamente no comando dos jogos de azar, usando “jagunços, capangas, serviçais e armamento pesado”. Segundo o documento, o ex-comendador teria ameaçado de morte “concorrentes” envolvidos no jogo do bicho no Estado.

Diante do que foi apresentado, o Ministério Público de Mato Grosso (MPE) solicitou a audiência de justificação com urgência. O juiz Leonardo Pitaluga determinou que a Gerência de Combate ao Crime Organizado no Estado (GCCO) apure as denúncias e marcou para o dia 2 de agosto a audiência onde Arcanjo e sua defesa devem comparecer para esclarecimentos.

Conforme o documento, que cobra da justiça providências e foi anexado ao processo, antes do ex-comendador deixar a cadeia, seu genro Giovanni Zem continuava a comandar os jogos de azar e teria colocado um vendedor de apostas sob cárcere privado dentro do escritório da empresa da família, localizado na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá. O vendedor teria recebido uma ligação de um “amigo”, que afirmou que seu nome estava em uma lista, mas que interviria por ele.

Foi pedido à vítima que comparecesse ao estacionamento de Arcanjo e no local o homem teria sido ameaçado, agredido e teve a máquina de apostas quebrada. O episódio ocorreu no dia 23 de dezembro de 2017 e após as intimidações ele teria saído do local no carro de alguns homens de Arcanjo para que ficasse calado e não fosse à polícia.

Outra denúncia afirma que no dia 26 de junho o ex-comendador teria mandado “capangas” para explodir o veículo de outro de seus concorrentes. Os homens teriam chegado ao local com armamento pesado intimidando o vendedor. Eles afirmaram que Arcanjo estaria “de novo” atuante e o mercado do jogo do bicho é “exclusivamente deles”, sem a possibilidade de concorrentes. Afirmaram também que o “recado” estava dado e que se fosse preciso outra abordagem ele seria morto. Em seguida, atearam fogo no trailer e no carro da vítima.

Na denúncia, a pessoa solicita á justiça que seja analisada a revogação da progressão de regime de Arcanjo, afirmando que 15 anos não foram “suficientes” para que ele deixasse de cometer crimes.

GazetaDigital

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