Aumenta entrega para abate de bovinos terminados em confinamento
Os frigoríficos instalados em Mato Grosso estão abatendo mais animais terminados em confinamento neste segundo semestre, do que em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), e divulgado no mais recente boletim de bovinocultura.
Entre os meses de julho e setembro, 46,2% dos animais enviados ao gancho devem ser oriundos de confinamentos. Já no mesmo período do ano anterior, esse volume chegou aos 38,1%. “O volume maior de bois confinados ajudou os frigoríficos a aumentar a escala de abate”, informou o Imea. No último mês de julho, as indústrias abateram 388 mil cabeças, segundo maior volume do ano.
O 2º levantamento de intenção de confinamento em Mato Grosso já esperava esse aumento de bois terminados à ração, nos corredores dos abatedouros. Isso por que a pesquisa captou a informação de que o pecuarista enviaria os animais engordados em confinamento um pouco mais cedo do que no ano passado.
Trânsito bovino: Nos últimos quatro anos, Mato Grosso reduziu em mais de 25% o trânsito de bovinos vivos para outros Estados. Segundo dados do Indea, no último ano 217,6 mil cabeças (3,9%) enviados para abate foram direcionadas para 16 estados. Os principais destinos: São Paulo e Goiás, com participação de mais de 60%.
Apesar de o diferencial de base em relação a São Paulo ter aumentado de 12,38%, na média de 2014, para os atuais 13,69% em 2015, até julho, foram enviados para frigoríficos de estados vizinhos apenas 3,0% (78,7 mil cabeças). Isso indica que mesmo recebendo proporcionalmente mais, os pecuaristas abateram relativamente menos fora de Mato Grosso.
“Na conta de formação de preços, fatores como custo do frete, combustível e demanda local, também definem o preço recebido em cada praça, mas será que o produtor tem buscado as melhores alternativas de venda para arbitrar este jogo?”, indaga o Imea.
Olhardireto