Blatter é reeleito presidente da Fifa
O príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, desistiu de disputar o segundo turno após derrota na primeira votação
O suíço Joseph Blatter, que disputava o quinto mandato consecutivo como presidente da Fifa, foi reeleito e continua no cargo por mais quatro anos. Blatter derrotou o príncipe jordaniano Ali Bin al Hussein, único adversário na votação, marcada pelo clima pesado causado pelos recentes escândalos de corrupção envolvendo altos dirigentes da entidade.
Para votarem, os representantes das 209 federações foram chamados em ordem alfabética pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e se dividiam em duas cabines de votação, onde preenchiam as cédulas e as depositavam em uma urna.
Após a contagem dos votos, foi decidido que uma nova rodada de votos seria feita, pois para eleger um vencedor, era preciso que dois terços dos votos fossem para um dos candidatos. Blatter teve 133 votos contra 73 de Hussein e houve três abstenções.
No entanto, a nova sessão não foi necessária, já que o príncipe desistiu do pleito. Com isso, Blatter foi confirmado no comando da Fifa por mais quatro anos.
Poucos minutos antes do início da votação, que começou por volta das 12h (de Brasília), os dois candidatos fizeram os últimos discursos, com o atual presidente Joseph Blatter prometendo “uma Fifa forte” e o príncipe Ali cobrando “transparência”
“Querem me responsabilizar pela tempestade, mas prometo uma Fifa forte. Aceito esta responsabilidade, mas quero resolver esta situação, dar a volta por cima, para deixar a Fifa bonita, robusta, e fora da tempestade”, afirmou Blatter, que está no cargo desde 1998 e está no olho do furação por conta do enorme escândalo de corrupção que estourou dois dias antes da eleição.
O príncipe jordaniano Ali Bin Hussein, único candidato de oposição, disse que a transparência é o caminho para sair da crise.
“Os olhos do mundo estão sobre nos, precisamos enviar uma mensagem às pessoas que estão assistindo. Entendemos a fragilidade da sua confiança. O futuro passa pela transparência, precisamos mostrar que queremos reconquistar o respeito do mundo”, afirmou o jordaniano de 39 anos, diante dos 209 de federações que participam da votação.
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