Campo Novo do Parecis: Bope prende acusado de roubo de carreta e sequestro de carreteiro
Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar, prenderam D.J.S.G., de 22 anos, acusado de participar do roubo de uma carreta Volvo e de sequestrar o motorista, que ficou cerca de 12 horas num cativeiro improvisado, às margens da BR-163.
O cúmplice do suspeito conseguiu escapar, levando um revólver calibre 38. A prisão ocorreu na tarde de terça-feira (24), por volta das 16h30, quando os policiais, que voltavam de um treinamento, encontraram uma carreta tombada na pista.
Depois de pararem, com a intenção de socorrer o motorista e/ou passageiros que estariam feridos, os militares avistaram D.J., que saiu correndo e entrou num matagal, levantando suspeitas.
Não demorou, muito apareceu um motorista, com as mãos amarradas, relatando que tinha sido sequestrado por três homens, que roubaram sua carreta Volvo 360 azul, placas IER 1177. Os PMs então fizeram buscas e localizaram o suspeito.
Um terceiro integrante do bando estaria ao volante da carreta e a intenção seria atravessar a fronteira com a Bolívia, para entregar o veiculo a traficantes.
Os PMs passaram mensagens sobre o roubo a todos os policiais da fronteira, mas a carreta não foi localizada.
Conforme o carreteiro, ele levava uma carga de materiais para construção, de Cuiabá para Campo Novo dos Parecis (373 km a Noroeste da Capital).
Um sujeito que seria um dos donos da carga passava as instruções sobre o destino por meio de celular.
“Um dos pedidos era levar um rapaz que se chamava Wiliam, que embarcaria após o posto da Polícia Rodoviária Federal, no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande e seguiria viagem. Só que, no meio do caminho, ele sacou um revólver, anunciou o assalto e logo apareceram mais dois homens”, disse o motorista.
Rendido, o carreteiro foi colocado num Fiat Uno e levado para o cativeiro improvisado.
O suspeito e o cúmplice ficaram com ele, enquanto que o terceiro, conhecido como Boliviano Gordo, seguiu com a carreta, em direção à fronteira com a Bolívia.
“Eles (os ladrões) disseram que só queriam a carreta. Assim que ela passasse a fronteira, iriam me libertar. Ficamos mais de 12 horas, até que aconteceu o acidente na pista e apareceu a Polícia”, disse o carreteiro.
Aos militares, o suspeito disse que foi contratado, juntamente com os dois cúmplices, para participar do roubo e cada um receberia R$ 600, sendo metade como garantia e o restante seria pago quando a carreta atravessasse a fronteira.
D.J.foi levado para a Central de Flagrantes de Várzea Grande, onde foi autuado por roubo, sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha.
Os policiais acrescentaram que as investigações foram transferidas para a Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos da Capital, onde o delegado Antônio Carlos Garcia colocou uma equipe para identificar e prender os demais integrantes do bando.