Carro “arranca” e advogada atropela quatro na Praça Popular
Quatro pessoas foram atropeladas pela advogada Elga Figueiredo, na madrugada de sábado (1º), na região da Praça Popular, em Cuiabá.
Segundo informações da Polícia Civil, Elga, que também é promoter do bar Jimi Jim, perdeu o controle do veículo Kia Soul que dirigia, colidiu com um poste e atingiu quatro pessoas.
A Polícia Civil e a Polícia Militar foram acionadas, isolaram a área e conduziram as vítimas e a motorista ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Dois rapazes e uma moça sofreram escoriações leves e tiveram alta.
Já Paulo Henrique de Barros, de 26 anos, teve ferimentos mais graves, fraturou a maxilar e teve que passar por cirurgia.
Paulo Henrique foi transferido para o Hospital Santa Rosa, onde segue internado, e seu estado de saúde ainda não foi informado.
A advogada foi ouvida pela Polícia Civil e liberada após a confecção do Boletim de Ocorrência.
Segundo a Polícia Civil, o médico que atendeu as vítimas e a motorista não constatou embriaguez na condutora.
A Polícia Civil informou, ainda, que não será instaurado inquérito para investigação e que cabe às vítimas decidirem se irão ou não ingressar com uma ação na Justiça contra a Elga Figueiredo.
Sem socorro
Segundo a esposa de Paulo, Rafaelly Alves, de 26 anos, a advogada não teria prestado socorro e estaria alcoolizada.
“Ficamos indignados por ela não prestar socorro, não oferecer uma dipirona para a dor, nada”, afirmou.
Conforme Rafaelly, as vítimas trabalham em um bar localizado na Praça Popular e estariam esperando o turno terminar para irem embora.
Outro lado
Em entrevista ao MidiaNews, Elga Figueiredo disse que não estava alcoolizada e que estava no local a trabalho.
Segundo ela, seu carro teve perda total. Ela acredita que o veículo tenha apresentado uma falha mecânica, pois “deu um arranque” quando ela saía do estacionamento da praça.
“Eu estava saindo do estacionamento, entrei no carro e ele simplesmente disparou. Meu carro é automático, ele acelerou e eu bati a menos de 20 metros”, contou.
Ela pediu perícia para averiguar o que realmente aconteceu e se diz tão vítima do acidente quanto as outras quatro pessoas.
“Eu acredito que foi falha mecânica, porque eu jamais faria isso de propósito. Não tomei uma gota de álcool, bati com a cabeça no volante, desmaiei, levei 15 pontos na cabeça”, afirmou.
Sobre tentar dar auxílio às vítimas, a motorista disse que os familiares foram muito agressivos e tentaram chutar a ela e aos pais dela, que a acompanhavam. Conforme ela, a situação não deu margem para conversa.
“A família de uma das vítimas tentou agredir a mim e a minha família. Foi horrível, porque eles estão julgando como se eu tivesse feito isso por querer. Eu fui vítima também. Infelizmente, quando eu estava indo embora, aconteceu isso”, disse Elga Figueiredo.
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