Política

CHAPADA DOS GUIMARÃES: Com pedido de vistas, cassação fica para próximo dia 11

be278c40ee9d2449193bd54ac59c4849O prefeito de Chapada dos Guimarães José Neves (PSDB), afastado pela Justiça por atos de improbidade administrativa, escapou da cassação na sessão extraordinária ocorrida no ultimo dia 04. A presidente da Comissão Processante que investigou a falta de prestação de contas do Executivo entre dezembro de 2013 e abril deste ano, vereadora Monique Haddad (PR), alegou a existência de fato novo que poderia prejudicar a análise do Legislativo e pediu vistas do relatório. O presidente da Câmara, Carlinhos do PT atendeu à solicitação da republicana e suspendeu a reunião 15 minutos após o inicio.

O fato novo alegado por Monique Haddad é uma ação judicial interposta pelo diretório do PMDB de Chapada, alegando que os vereadores Ailto Fernandes Oliveira e Anildo Moreira da Silva, ambos do PSD, deviam ser impedidos de votar por terem ocupado os cargos de secretário de Esportes e Lazer e adjunto na pasta de Planejamento e Gestão Urbana na administração de José Neves. Entretanto, o pedido de antecipação de tutela especifica foi indeferido pela juíza da Comarca local Silvia Renata Anffe Souza.

A sessão para apreciar o relatório elaborado pela vereadora Professora Cidu (PP) foi adiada para o próximo dia 11. O documento, de apenas quatro páginas, está fundamentado na Lei da Improbidade Administrativa, no artigo 54 da Lei Orgânica de Chapada e no artigo 04 do Decreto Lei 20167, conhecido como Lei dos Prefeitos.

O advogado Oscar César Ribeiro Travassos Filho, que representa José Neves no processo, terá acesso ao fato novo antes da votação do relatório. O direito está assegurado pelo princípio da ampla defesa.

O próprio José Neves estava presente na sessão que não apreciou o relatório da Comissão Processante. Populares também lotaram a Câmara de Chapada aguardando o desfecho das denúncias de improbidade contra o tucano.

Caso a cassação não seja concretizada, José Neves retorna ao cargo dia 13 de setembro. Enquanto isso, o vice Lisu Koberstain (PMDB), permanece à frente da gestão municipal.

Para cassar o prefeito de Chapada é necessária a maioria qualificada de dois terços dos parlamentares. Como a Câmara é composta por 11 membros, oito votos podem garantir a perda do mandato. A primeira tentativa de cassação ocorreu em 3 de junho, mas o tucano foi mantido no cargo porque foram registrados sete votos favoráveis, três abstenções e um voto contrário.

 

Midia News

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