Com negócios em MT, grupo entra em recuperação judicial
Com dívida estimada em R$ 571 milhões, um dos maiores produtores de grãos e fibras de Mato Grosso do Sul pediu recuperação judicial essa semana, na comarca de Campo Grande. O Grupo Pinesso atua há 60 anos no Centro-Oeste e atribui a atual crise financeira a mudanças climáticas e variação de preço das commodities.
Em Mato Grosso, o grupo possui fazendas em Nova Ubiratã, Nova Mutum e Dom Aquino. Além disso, possui concessionárias nos municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Primavera do Leste.
Já em MAto Grosso do Sul, o grupo cultiva soja, milho e algodão em aproximadamente 40 mil hectares. DE acordo com o grupo, as dívidas estão concentradas na aquisição de insumos e contratos de fornecimento de commodities. A recuperação judicial, segundo eles, é uma forma de proteger os ativos, manter os empregos e superar a crise.
José Luis Finocchio Júnio, advogado que representa o Grupo Pinesso, explica que os problemas surgiram em meados de 2012 devido ao excesso de chuva nas lavouras do Mato Grosso e Piauí. De lá para cá, a empresa ainda enfrentou ” alterações relevantes nos custos de produção, variação do preço das commodities no mercado internacional e aumento da taxa de juros bancários”.
Conforme matéria do Valor Econômico, a família Pinesso detém 12 fazendas e área de 110 mil hectares, divididos entre soja, milho, algodão e sorgo. O faturamento anual da empresa chega a R$ 550 milhões.
Finocchio ainda afirma que o grupo tentou, sem sucesso, negociar suas dívidas com credores de forma amigável. “A última saída encontrada foi partir para a renegociação judicial. Para tanto, foi criado um Comitê de Reestruturação para que sejam tomadas decisões rápidas e com resultado em curto prazo”.
O deferimento da recuperação judicial será divulgado em 10 dias e a empresa tem 60 dias, a contar do dia 6 de julho, para apresentar um plano de ações previstas para a recuperação do grupo.
Folhamax