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Com recorde de 135 dias, greve na UFMT pode chegar ao fim na próxima quinta feira

zzzA falta de diálogo por parte do Governo Federal aliada ao longo período de greve, pode significar o fim da paralisação dos docentes da Universidade Federal de Mato Grosso, que completa hoje, 12, 135 dias. Em comitiva formada por 180 pessoas, eles estiveram em Brasília na última segunda-feira, para um encontro com o Ministro da Educação, mas foram recebidos com violência e repressão policial. Diante das baixas perspectivas de negociação, os professores agora apontam para indicativo de finalização da greve, que será discutido em assembleia no próximo dia 14.

O presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Reginaldo Araújo classifica como vergonhoso o posicionamento do governo diante da situação. “Não fomos recebidos pelo ministro nenhuma vez e as poucas ofertas do governo foram desrespeitosas. Isso nunca aconteceu em um período tão grande de mobilização. Mesmo durante a ditadura militar os ministros tinham oportunidade de falar com o ministro”, afirmou.

A paralisação UFMT já bateu recorde como a maior registrada na história da instituição. O período ultrapassa o recorde de 124 dias, contabilizado em 2012. O movimento, que começou com 18 Universidades Federais abrange 41 instituições, e prejudica, só no Estado, cerca de 20 mil alunos, distribuídos entre os Campus de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Barra do Garças.

Araújo explica ainda que mesmo se a greve acabar, os profissionais continuarão reivindicando. “Continuaremos lutando por melhorias, mas sem a greve, o movimento perde muita força. Não há como fazer pressão”.
De acordo com o presidente, assim que o retorno for aprovado, a reitoria da Universidade é que decidirá sobre a data para que as aulas sejam retomadas. Para ele, não há necessidade que os discentes se preocupem com a reposição. “O Brasil é único país da América Latina que sempre repôs as aulas perdidas em greves. Nosso movimento também é em prol dos alunos, que vem sendo prejudicados com a falta de estrutura e de professores”, afirma.

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