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Com salários atrasados, fotógrafo mora em barraco e comove ao pedir ajuda

Morando em um barraco, com a esposa, ele precisa de material de construção e dinheiro, para pagar pedreiro. O fotógrafo argumenta que não quer prejudicar ninguém com este pedido, ocorre que ele “precisa muito mesmo”.

jornalistaUm dos fotógrafos mais experientes da imprensa de Mato Grosso, Lorival Fernandes, de 58 anos, sendo mais de 40 anos dedicados à fotografia e ao jornalismo, comoveu os colegas de imprensa de Mato Grosso, ao postar no Facebook, esta semana, fotos do barraco onde ele está morando, com a esposa, no bairro Santa Luzia, em Várzea Grande.

Ele trabalha no jornal Diário de Cuiabá e já perdeu as contas de quantos salários atrasados ele tem para receber. “Este ano, por exemplo, recebi só vales, coisa picadinha mesmo”, lamenta o profissional.

Desde 1991, ele trabalha no jornal Diário de Cuiabá e já perdeu as contas de quantos salários atrasados ele tem para receber. “Este ano, por exemplo, recebi só vales, coisa picadinha mesmo”, lamenta o profissional.

O que agravou ainda mais a situação do casal é que as últimas chuvas, embora ainda não tão fortes, molharam vários pertences da casa. A água entra pelo telhado, já que o barraco é feito com pedaços de madeira e telhas soltas.

Jornalistas, amigos dele e outros sensibilizados com a causa, estão o ajudando com materiais de construção e dinheiro, para ele sair do barraco e erguer pelo menos um cômodo.

Lorival está feliz com a solidariedade. “Agradeço a toda a imprensa. Estou em uma situação difícil, o que quiserem me doar eu aceito, estava preocupado, mas agora fico mais tranquilo”, disse ele ao .

A pedido da direção do Diário de Cuiabá, para não expor o veículo, ele excluiu o post com as fotos do barraco dele do Facebook, pedindo socorro aos amigos “pelo amor de Deus”, mas a história se espalhou e agora ele está preocupado em não atingir ninguém, com seu sofrimento e miséria. “Mas eu preciso realmente de ajuda”, apela.

O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) emitiu nota lamentando “a situação de miséria na qual Lorival vive com a esposa”.

A pedido da direção do Diário de Cuiabá, para não expor o veículo, ele excluiu o post com as fotos do barraco dele do Facebook.

A nota responsabiliza o diretor do Diário de Cuiabá, Gustavo Oliveira, pelos atrasos salariais recorrentes na empresa, há décadas.

O ligou para o jornal Diário de Cuiabá, para ouvir a versão da empresa e como ela recebe esta mobilização em torno do funcionário Lorival, mas Oliveira, conforme a secretária, tinha saído. Ele não atendeu o celular e não respondeu mensagem deixada no WhatsApp, até o fechamento desta matéria.

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