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Contrariando novo ‘estatuto da família’, trisal mato-grossense afirma que é uma família ‘independente do que digam’

fffHá cerca de uma semana uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o texto principal do Estatuto da Família, que define o núcleo como a união entre um homem e uma mulher (e seus filhos). Foram muitas as reclamações e protestos de pessoas que não se encaixam neste ‘padrão’. Neste meio tempo, um trisal mato-grossense ganhou destaque na grande mídia após falar de seu poliamor abertamente em um programa da GNT.

Klinger, Paula e Angélica são casados. Klinger e Paula se conheceram antes, por meio da irmã do moço, que era amiga da moça. Com uma semana conversando via internet, ele já a convidou para morarem juntos em Barra do Garças, e ela aceitou. Foi embora de Cuiabá para morar com o garoto de Barra do Garças e os dois se apaixonaram. Cinco anos depois, no entanto, ela conheceu Angélica pelo Facebook e as duas não pararam de conversar.

Demorou um tempo até Klinger querer conhecer Angélica. Ela e Paula ficaram juntas durante seis meses até ele ‘assistir’ as duas. Seis meses depois, ele entrou também na relação sexual e “tudo se encaixou”. Os três se apaixonaram.

Atualmente, eles se definem como uma família. São casados e repudiaram o Estatuto da Família aprovado pela comissão. “E sim, somos família. E em breve vamos ter o nosso filho, que terá um papai e duas mamães. Mas devemos assegurar o direito de todos, e estão excluindo os homossexuais e homoafetivos. Que país é esse? Não somos brasileiros? Não pagamos impostos? Não geramos emprego e renda? Então cadê nossos direitos assegurados?”, afirmou Klinger em entrevista ao Olhar Conceito.

Os planos para ter filhos são para o final de 2017, e primeiramente quem engravidaria seria a Paula, que tem 31 anos. “Como a Angélica ainda tem 24, vamos esperar pra ter quando ela tiver próximo dos 31 anos também”, explicam.

Apesar de fazerem parte de uma família diferente do convencional, eles contam que não tiveram muita dificuldade com a aceitação da família ou dos amigos. “Os amigos aceitaram bem, familiares da Angélica antes de nos conhecer tiveram medo na verdade, pois ela se mudou pra morar com pessoas que eles não conheciam, mas a partir do momento que passamos férias com eles e eles nos conheceram tudo mudou”, conta Klinger. “Todos hoje aceitam e nos tratam como família, inclusive a nossa sogra, mãe da Angélica, a nossa cunhada e nossa sobrinha estão passando uns dias em nosso lar, pela segunda vez no caso da mãe dela”.

Para eles, quem tem preconceito o faz por não conhecer. “Até o momento 100% das pessoas que conhecemos pessoalmente e entendem o relacionamento podem até não concordar, ou não querer viver assim, mas respeitam e vêem como existe carinho, amor, respeito e cumplicidade em nossa relação”.

A Fan Page

Há aproximadamente oito meses, o ‘trisal’ criou uma página no Facebook para desmitificar o ‘viver a três’. Ali, eles podem se comunicar com outros casais que querem viver assim, dar dicas, diminuir os preconceitos e rótulos e principalmente mostrar que o ‘poliamor’ é mais fácil do que se imagina. “Acho que o melhor recado seria: Não deixem de ser quem são por opiniões alheias. Acreditamos que estamos aqui pra ser felizes, não pra agradar a todos. Nem Jesus agradou, quem somos nós pra tentar tal feito?”, finaliza o trisal.

Olhardireto

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