Opinião

Curso técnico aumenta as chances de empregabilidade; entenda

g1_educabrasil_-_semana_4_foto_1_2Em tempos de desemprego em alta, escolher um curso que proporcione acesso mais rápido a uma vaga faz toda a diferença. Um caminho para agilizar essa ponte entre a escola e o mercado de trabalho pode ser o curso técnico.

Com duração menor que a graduação e com estágio obrigatório, que garante a experiência antes de deixar a sala de aula, o ensino técnico aumenta as chances de empregabilidade. Quem opta por essa modalidade, geralmente, é lançado ao mercado no período que varia de seis meses a dois anos. Há exceções na área da saúde, com maior duração. Essa é a opção, geralmente, de quem busca o primeiro emprego ou está atrás de uma atualização.

“O profissional formado no ensino técnico recebe a preparação teórica e prática, finaliza o curso pronto e atualizado para entrar no mercado”, ressalta Sônia Maria Ventura, diretora e mantenedora do Centro de Estudos Técnicos da Bahia (Cetecba).

O curso pode ser feito em dois formatos. Concomitante ao Ensino Médio regular, a partir do segundo ano, ou no formato pós-médio, quando o jovem já concluiu essa etapa escolar. Entre as áreas com maior demanda por profissionais, Sônia destaca a da Saúde e a de Tecnologia. A primeira porque a população está envelhecendo e é crescente a demanda por profissionais, como técnico em enfermagem para atuar em clínicas, postos de saúde e hospitais. Já o ramo de Tecnologia está em constante ebulição. “O profissional que acumula mais de um curso técnico está na frente por ter maior conhecimento, atualização. Se tiver um segundo idioma, então, suas chances de empregabilidade aumentam muito”, garante a professora.

Primeira experiência x atualização

Por ter um formato mais curto, o técnico permite ao jovem experimentar na prática o seu futuro mercado antes de optar por uma faculdade, de maior duração e custo superior. O rápido ingresso na carreira garante um salário e pode ajudar a financiar o investimento em uma universidade, se a intenção for buscar uma graduação. O técnico é uma opção também de atualização e recolocação do profissional que já está no mercado.

É o caso de Carlos Eduardo Cordeiro, 37 anos, técnico em Enfermagem há uma década que agora frequenta curso técnico em Radiologia no Cetecba, em Feira de Santana. Casado e pai de três filhos, ele estará formado no fim de 2017 e espera melhorar seus rendimentos com a nova qualificação. “Gosto do que faço, mas o salário é apertado para bancar todas as despesas da família. Espero, com essa nova qualificação, ser aproveitado na nova função e aumentar meus rendimentos”, projeta.

Cordeiro só está conseguindo estudar porque conta com uma bolsa de 50% do Educa Mais Brasil, programa que concede o benefício para quem não tem condições de pagar integralmente a mensalidade. “Se não fosse o Educa Mais Brasil, eu não teria voltado a estudar”, afirma.

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