Delação de Delcídio acusa Lula, Mercadante, Cunha e Aécio; leia a íntegra
As mais de 200 páginas de depoimentos do senador não poupam empreiteiras acusadas de crimes pela Operação Lava Jato; “República cai” se empresas fizerem delação, disse petista
A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), divulgada nesta terça-feira (15) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aumentou a tensão dentro do Palácio do Planalto, do Partido dos Trabalhadores (PT), do PMDB e do PSDB.
Amaral, que pediu para se desfiliar da legenda da presidente nesta terça-feira (15), fez uma série de denúncias que envolvem a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Aécio Neves (PSDB-MG).
Os depoimentos que fazem parte da delação incluem ainda as grandes empreiteiras do Brasil, o banqueiro André Esteves (BTG) e Luciano Coutinho, do BNDES.
Amaral ainda citou as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS – ao lado do grupo JBS – como algumas das principais doadoras de campanhas eleitorais no País e avaliou que “a República cai” se algum dos executivos das companhias vierem a colaborar nas investigações da Operação Lava Jato.
“(Essas empreiteiras) atuam ecumenicamente quando o a assunto é eleição. A Odebrecht e a OAS são mais petistas, o que nunca as impediu de, evidentemente, apoiar candidaturas de outros partidos. A Andrade Gutierrez é mais ‘tucana’, o que não a impede de apoiar outros partidos. Não é por mera coincidência que estão juntas, entre outros projetos, na Usina Hidrelétrica de Belo Monte”, afirmou o senador na colaboração.
Fonte: Ultimosegundo