Política

Deputado do PR tem que parar de defender preso, dispara Taques

Secretário afirma que Pinheiro brinca com cidadão de MT

paulo taquesO secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou nesta sexta-feira que o deputado Emanuel Pinheiro (PR) brinca com a inteligência dos mato-grossenses ao defender que o Estado use o estudo de operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) elaborado na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O governo argumenta que o estudo do peemedebista foi elaborado com base no sistema Bus Rapid Transit (BRT) e não conforme o modelo em construção pelo Estado. “Ao tentar interferir nos estudos da obra, o deputado está brincando com o cidadão, que precisa saber, de fato, o que foi feito, quando a obra será finalizada, qual o valor da passagem e qual o custo final de tudo isso”, afirmou o secretário.

Para ele, o deputado Emanuel Pinheiro é bem informado e deve saber que a empresa de consultoria KPMG, vencedora do chamamento público, é uma empresa com renome internacional. “A fala do deputado defendendo uma consultoria realizada em 2013 de forma totalmente equivocada, não levando em consideração a realidade do modal de transporte escolhido e, naquele momento, com as obras em sua fase inicial”, disse.

O secretário vai além e coloca “em cheque” todo o andamento do VLT de Cuiabá e Várzea Grande. Ressalta que houve erro desde a forma como ocorreu a troca do BRT pelo VLT. “Fraudaram documentos no Ministério das Cidades, isso já veio a público, mentiram sobre os valores, mentiram sobre o prazo de execução, o estudo feito por eles também foi uma mentira. Nós não vamos agir como essa mesma irresponsabilidade, este é um governo diferente”, defendeu.

O chefe da Casa Civil também defendeu a modalidade adotada pelo governo para a escolha da empresa que fará o estudo nas obras. Lembrou que a Justiça Federal, por meio da decisão proferida no dia 25 de agosto, liberou o Estado a fazer a contratação com dispensa de licitação, ainda assim, prezando pela transparência no processo de escolha, o governo optou pelo Chamamento Público a 12 empresas, sendo três se candidataram e processo terminou com vencimento da empresa KPMG, que vai realizar os estudos por R$ 3,8 milhões.

Paulo Taques reitera que o governo trabalha com transparência no processo e lembra que desde janeiro o Estado tem feito uma verdadeira operação “pente fino” em tudo que foi herdado da gestão de Silval Barbosa, que está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), por fraude na concessão de incentivos fiscais. O secretário reforça a necessidade de auditorias, visto que a obra foi licitada por R$ 1,477 bilhão, tendo pago ao consórcio construtor R$ 1,066 bilhão.

“A impressão que passa é de que o deputado não quer a realização de auditorias no VLT, precisamos colocar a luz do sol todas essas questões sobre a obra mais cara já contratada pelo Estado. Nós não confiamos nas coisas que foram feitas na gestão Silval Barbosa. Toda a questão envolvendo o VLT está sendo questionada na Justiça Federal. O deputado precisa parar de viver o passado e ficar defendendo atos feitos em gestão de um governador que está preso”, argumenta.

ESTUDOS

A polêmica envolvendo a contratação da KPMG se deu porque em agosto de 2013, o governo do Estado, por meio da extinta Secopa, comandada pelo então secretário Maurício Guimarães, contratou a empresa Oficina Engenheiros Consultores e Associados, para apresentar dados sobre a operação do VLT. Entretanto, em seu estudo a empresa teve como base a matriz elaborada para o modal BRT (ônibus articulados ou não que circulam em corredores exclusivos), modal completamente diferente do VLT, que anda sobre trilhos, sendo movido por energia elétrica.

Naquele momento, a ideia era saber o custo da passagem do VLT. Mas o estudo não conseguiu refletir a realidade, já que foi feito levando em conta o modelo BRT.

Paulo Taques reforça que, por isso, o Governo do Estado pediu à Justiça o direito de contratar uma empresa de consultoria para fazer um estudo aprofundado  e será responsável por apresentar relatórios detalhados ao Estado sobre a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término de obras, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, proposta de integração do modal à matriz de transporte de Cuiabá e Várzea Grande, como também o cronograma de desembolso do Estado para implantação do VLT.

Secom-MT

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