Polícia

Dez mães denunciam berçário em Cuiabá ao Ministério Público

3900f2dfe02b2ef6336d4430e27af045Mães de dez crianças, entre seis meses a um ano de idade, denunciaram ao Ministério Público Estadual (MPE) que os filhos sofreram maus-tratos físicos e psicológicos dentro do berçário Aconchego, localizado no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

O caso veio à tona, após duas funcionárias pedirem demissão e contarem às mães o que acontecia na unidade.

Ao MidiaNews, uma das mães disse que as funcionárias afirmaram que as crianças comiam papinhas na mesma colher, tomavam banho na mesma água e ainda tinham que dividir as toalhas.Por conta disso, algumas apresentaram infeções e bactérias na boca e nas genitálias. No entanto, até então, as mães desconheciam as causas das doenças.

Ela declarou ainda a reportagem, que as funcionárias afirmaram, que uma das crianças ficou trancada durante dois meses em um berço, após morder um amiguinho. Ele só saia para tomar banho e comer.

Outro bebê, conforme relatos das funcionárias às mães, chegou a apanhar da proprietária do berçário.

O MPE informou que já abriu um inquérito cível para investigar o caso.

A Vigilância Sanitária também já esteve no local e constaram que o berçário não possui alvará para funcionar. O órgão determinou o fechamento da unidade. Porém, segundo as mães, há suspeitas de que ainda tem crianças no local.

“Queremos alertar a outras mães que não deixem os seus filhos lá; e também pedimos que os responsáveis não saiam impunes”, disse uma das mães.

Outro lado

A proprietária do berçário, Andreia Valdez Tenório, negou as acusações. “Os vídeos que estão sendo vinculados, não refletem a realidade do serviço que oferecemos, pois em nenhum momento aparecem minha imagem. Eles foram gravados e executados por uma ex-funcionária que respondia pela coordenação do berçário”, disse.

Ela emitiu uma nota sobre o caso. Confira:

“Com relação às denúncias de maus tratos vinculadas na mídia nos últimos dias, referente ao Berçário Aconchego, viemos por meio desta esclarecer que, jamais foram praticadas ou delegadas por minha pessoa.

Desde o início do funcionamento do Berçário, nós nos preocupamos em prezar pelo bem estar e a saúde das crianças, para que assim pudéssemos oferecer segurança aos pais, para desenvolverem suas atividades sem preocupação, tornado o Berçário Aconchego uma extensão do lar de cada bebê.

Os vídeos que estão sendo vinculados, não refletem a realidade do serviço que oferecemos, pois em nenhum momento aparecem minha imagem. Eles foram gravados e executados por uma ex-funcionária que respondia pela a coordenação do Berçário. Ela deixou a empresa por problemas trabalhistas há menos de um mês.

Além disso, os episódios foram filmados na minha ausência e sem autorização. Usando de má fé, essa ex-servidora abusou da nossa confiança, criando situações no intuito de difamar o berçário e a minha pessoa.

Garantimos que cada criança tem sua individualidade respeitada, não tendo o mesmo material de higiene compartilhado. Diante disso, voltamos a reiterar que as acusações que estão sendo feitas contra o Berçário Aconchego não tem fundamento algum. Elas foram embasadas em fatos “arquitetados” e inverídicos por uma pessoa que acreditávamos ser de confiança.

Os fatos ganharam notoriedade graças a esta mesma ex-servidora que procurou os pais das crianças matriculadas, com o intuito de nos difamar e colocá-las contra o nosso estabelecimento.

Por orientação da nossa assessoria jurídica, não iremos citar nomes. Esta situação já está sendo apurada pela Justiça e esperamos que a verdade prevaleça, a qual irá responsabilizar civil e criminalmente as verdadeiras pessoas envolvidas.”

Mídia News

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